Ordem e Liberdade são UM. Como temos feito sempre, também nesse aspecto devemos partir unicamente do ABSOLUTO.
Se a ordem for considerada a partir do conceito visível de mundo, aparentemente ela poderia se mostrar como estando presente, e, ao mesmo tempo, estar criando uma desordem.
Exemplificando, se a ordem do mundo incluir uma rigidez de horário, e a pessoa atrasada sair às pressas para não perder a aula de um curso, essa sua agitação mental seria o que poderíamos chamar de “desordem”, motivada pelo suposto conceito de “ordem”. Já a ORDEM DIVINA, CONSTANTE, encarada a partir do Absoluto, pode ser traduzida para o conceito tridimensional através da seguinte frase: “NADA ACONTECE POR ACASO”. Assim, se a pessoa se atrasou, não foi por acaso; se o aluno repetiu o ano, não foi por acaso; se o casal discutiu, não foi por acaso; se a pessoa não se conteve, e falou “poucas e boas” para alguém, não foi por acaso. A propósito, se este texto está sendo lido por uns e não por outros, também não é por acaso. O que importa é se, a priori, estamos ou não admitindo unicamente UM UNIVERSO! O Universo do ABSOLUTO!
A Liberdade Absoluta aparece filtrada neste mundo visível, sob a forma das atitudes naturais e espontâneas do suposto ser humano. “Nesse caso, se eu julgo que algo não deva ser dito, mesmo assim não devo me calar?”
A resposta que damos a esse tipo de pergunta é a seguinte: “Se há o discernimento sobre o que se deva ou não dizer, não é por acaso”. O mesmo é verdade se não houver esse discernimento. Qual é o efeito prático disso tudo? A eliminação dos sentimentos de culpa e das mágoas nos aparentes “relacionamentos humanos”.
“Então devo aceitar tudo como está, sem nada fazer para alterar o curso dos acontecimentos para melhor?” Esta seria a pergunta que alguém certamente faria, diante dessa explanação sobre o “nada acontece por acaso”. E a resposta, baseada na essência deste texto, é a seguinte: VOCÊ, ASSIM COMO JÁ É, É DEUS!
Devemos observar o desenrolar natural das coisas do mundo, cientes de que NADA ACONTECE POR ACASO; entretanto, paralelamente, devemos estar RECONHECENDO que EXISTE SOMENTE DEUS.
Resumindo, percebemos que a ÚNICA Realidade é a permanente ORDEM DIVINA, enquanto observamos serenamente os supostos acontecimentos do dia-a-dia, que passarão a ser vistos como uma tradução tridimensional finita da PERFEIÇÃO DIVINA INFINITA, plenamente manifestada (invisivelmente) aqui e agora.
Um ponto extremamente importante é o seguinte: não devemos confundir o “nada acontece por acaso” com “eu tinha de passar por isso”. O “nada acontece por acaso” é decorrência espontânea de nosso reconhecimento de que TUDO É DEUS, ou seja, o suposto “eu”, que estaria passando por aquilo, é inexistente. Jamais devemos admitir que nossa existência seja algo diferente de Deus, ou inferior a Ele. EXISTE SOMENTE DEUS! Esta aceitação incondicional é que formará a “aparência de ordem” no conceito de mundo, pela sequência natural dos contínuos “nada acontece por acaso”.
Este texto busca associar a REALIDADE INVISÍVEL com o que aparentemente “é visto” desta Realidade. Nossa independência é a Realidade, e estamos conscientes disso.
A humanidade está condicionada a receber mensagens que a levam a reflexões mentais. São ensinamentos relativos, que ressaltam o valor do perdão, da gratidão, do desapego, do altruísmo, etc. Contudo, se formos analisar, tudo isso acaba sendo uma crítica disfarçada, ou seja, uma nova colocação do erro sobre o homem. É considerá-lo como dotado da fraudulenta mente humana, o que equivale a chamá-lo de rígido, ingrato, egoísta, etc.
Como dissemos, o homem, por partir do referencial material e ilusório de vida, já se habituou com o tipo de mensagem que faz com que ele reflita sobre “seus erros”, se recrimine, e se arrependa, visando à “elevação de sua consciência”. A MENSAGEM ABSOLUTA JAMAIS FAZ USO DESTES ARTIFÍCIOS RELATIVOS! ELA PARTE DO REFERENCIAL ABSOLUTO: VOCÊ, ASSIM COMO JÁ É, É DEUS!
Esta é a Verdade que liberta o homem de toda dependência, inclusive daquela de “se elevar em consciência” para poder “captar” a Verdade. GRAÇA DIVINA – eis o segredo.
O valor do perdão, da gratidão, do desapego, do altruísmo, partindo-se do mundo aparente, é relativo, temporário e, portanto, ilusório. Já o valor destes mesmos elementos, quando surgem espontaneamente no cenário visível do tempo e do espaço, provenientes da PERCEPÇÃO DE QUE DEUS, SENDO TUDO, ESTÁ SENDO INCLUSIVE O HOMEM, assumem caráter absoluto em seu valor. Aquilo não será considerado como virtude ou qualidade humana adquiridas, mas sim como projeção da Inteireza Divina de caráter na tela tridimensional, aceita pela suposta mente humana como sendo “o mundo”.
VOCÊ JAMAIS TEM DEFEITOS, POIS, UNICAMENTE DEUS CONSTITUI O SEU SER. Expressões do tipo “errar é humano”, “ninguém é perfeito”, aliadas à falsa humildade, vêm sendo marteladas continuamente na chamada existência humana.
A Verdade Absoluta não precisa enfrentar tais disparates para libertar o homem. A VERDADE É! Não reconhece tipo algum de oposição! A Verdade, como temos visto, é universal. O ser a quem iríamos agradecer, perdoar, fazer o bem, etc, jamais existe de fato como ser humano.
SOMENTE EXISTE DEUS; PORTANTO, DEUS ESTÁ SENDO, AQUI E AGORA, UNIVERSALMENTE, CADA SER QUE ANTES JULGÁVAMOS TRATAR-SE DE UM SER HUMANO. A SIMPLES PERCEPÇÃO DESTA VERDADE DESFAZ A ILUSÃO, E DEUS APARECE COMO TODOS NÓS, REVELANDO A ONIPRESENÇA COMO FATO DESTE AGORA.
Nossa INDEPENDÊNCIA ou LIBERDADE Se revela juntamente com a percepção (contemplação com real discernimento) de que ESTE É UM UNIVERSO ESPIRITUAL. Nele, pela UNIDADE, compartilhamos de TUDO sem ficarmos dependentes de NADA. De que maneira? Nossa Consciência é a TOTALIDADE da Existência. Não podemos estar com menos do que a TOTALIDADE DE DEUS, que é indivisível. Esta Verdade revela o NADA da suposta “mente humana”, que se preocupava com vários problemas que jamais existiram, e que pareciam importunar uma humanidade também fictícia, “constituída” por uma simples “imagem hipnótica”.
SOMENTE EXISTE DEUS! E VOCÊ, ASSIM COMO JÁ É, É ESTE DEUS ÚNICO.
GRATIDÃO AO MEU AMIGO DÁRCIO
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