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sexta-feira, 30 de setembro de 2022

INICIANDO A BUSCA DA VERDADE




Dos exemplos maiores de mensageiros da Verdade de que dispõe a humanidade, o que podemos concluir, é fundamentalmente que o conhecimento da Verdade não está em meio a divagações intelectuais nem tampouco em satisfazermos o suposto intelecto de alguém por meio de respostas intermináveis às suas indagações, as quais, supostamente, o “convenceriam” de serem, as Verdades reveladas, realmente a Verdade. Não. 

Estes diálogos podem até ocorrer, com muita coisa vindo a ser analisada, contestada, discutida, etc. Entretanto, jamais teremos a Verdade conhecida por meio do intelecto! Dele não receberemos Verdades absolutas e nem Verdades absolutas chegarão a ele. 

Quem quiser a Verdade, já o disseram todos os seus reais mensageiros qual é o caminho: “VINDE A MIM”. 

Cada mensageiro que disse: “Vinde a Mim”, foi confundido pessoalmente com a Verdade; desse modo, passou a ser enaltecido por todos, que, para ele olharam como “Verdade localizada”. 

Assim, além de anunciar a mensagem em si, todos tiveram mais o trabalho de evitar ao máximo que esta “idolatria” acontecesse, uma vez que a Verdade sempre é universal e jamais pessoal. 

Portanto, por mais profunda que possa ser uma Verdade revelada por alguém ao mundo, é a Verdade igualmente válida a quem a ouve, e em vista disso, é em si mesmo, e unicamente em si mesmo, que cada um deverá achá-La e conhecê-La. 

Obviamente, aquele que a anunciou é, de fato, a Verdade; mas, já está consciente disso! Não a estaria anunciando sem conhecimento! E, muito menos a estaria anunciando para ser visto e idolatrado como “alguém especial”. 

Quem conhece a Verdade sabe que não há “ninguém especial”, que não há mais Verdade num ponto, ou em alguém, do que em todo o Universo infinito, pois a Verdade Absoluta parte do princípio de que DEUS É TUDO! DEUS COBRE TODA A REALIDADE INFINITA!” 

“Eu e o Pai somos um, mas o Pai é maior do que eu”, disse Jesus. 

“Ninguém vem ao Pai senão por Mim”, disse também. 

Estas frases puseram a humanidade aos pés de Jesus; entretanto, a intenção dele era totalmente outra: que a humanidade ficasse aos pés da Verdade! 

Quando disse: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida”, deixou bem claro que falava da Presença universal, da Unidade  que exclui “outro ao lado de Mim”, por saber que “Vir a Mim” significa cada um IR A SI MESMO. Explicando para alguém que o intelecto não é a Verdade, mas que a sua própria Consciência divina deveria ser buscada, pois é este o sentido de “vir a Mim”, ele me respondeu: “Se o intelecto não é a Verdade, como você o usa para falar comigo?” 

Disse a ele: “A Verdade que você me ouve dizer pelo intelecto não vem dele e sim da Consciência; ele apenas é um veículo de expressão “dentro da ilusão de massa”. 

E ele me respondeu: “Então o intelecto é necessário!” 

Respondi a ele: “Sim, na “ilusão” o intelecto é necessário, MAS A ILUSÃO É DESNECESSÁRIA. 

O que estava a lhe dizer, é que a meta única de cada ser é desmantelar a “ilusão”, e não nela permanecer, justificando-a ou dando valor a algum de seus componentes ilusórios. 

Sempre que algum “componente da ilusão” for visto e avaliado como “necessário”, “importante”, etc., isto aparentemente a acobertará; e a “ilusão”, mesmo sem nada ser, acabará por dar ares de ser alguma coisa. 

Apesar de a Verdade ser transcendente ao “intelecto”, a letra da Verdade precisa ser por ele conhecida. Isto porque a Verdade parte de um referencial e a ilusão parte de outro. 

Enquanto a Verdade anuncia DEUS como TUDO, a ilusão anuncia um mundo de “dois poderes”, contendo o bem e o mal, e esta “crença coletiva” aparentemente resiste às revelações absolutas de que “nada, além de Deus”, tem qualquer possibilidade de estar presente. 

Assim, a princípio, quando o “intelecto” se mostra interessado por destruir este dualismo falso, o que se pode deduzir, é que a Consciência iluminada está agindo e abrindo, com Sua Luz, caminho para dissipar a escuridão mental. 

Em geral, por desconhecer o processo citado na Bíblia, de que “o visto procede do não visto”, isto é, que as coisas visíveis são, primeiramente, geradas na mente, para somente depois serem vistas “neste mundo”, a pessoa acredita que “um livro”, “uma palestra”, ou “um mestre” lhe apareceu diante dos olhos, motivando-a a “estudar a Verdade”. A causa, entretanto, é interna, uma ação pura da Consciência divina que, atuando em sua mente, gerou a frequência mental que lhe serviu de ímã para atrair, “neste mundo”, aquele “livro”, aquela “palestra”, aquele “mestre”, que são, na verdade, unicamente “projeções de sua mente”, e não realidades externas. 

A Consciência ativa em cada indivíduo é o Cristo, a identidade real e absoluta de cada ser, e, pela sua ação continua de Se expressar, faz com que os supostos acontecimentos humanos se alterem e se amoldem sem cessar à nova visão apresentada; é quando o “intelecto” passa a receber, de todas as formas, os meios para solidificar, dentro do seu humano entendimento, 

o que são suas metas reais dentro deste caminho, que culmina no “encontro do homem consigo mesmo”. 

DEUS É TUDO; entretanto, como a pessoa vinha acreditando em “existência material”, quando a Consciência em Autorrevelação lhe traz lampejos de que a Verdade é uma “existência espiritual, a mente fica aparentemente dividida, uma vez que os antigos conceitos querem permanecer, enquanto os novos, fundamentados na Verdade, querem destruí-los. 

Esse aparente conflito é normal na vida de todo aquele que se embrenha nesta jornada, e, por ficar assim dividida a mente, o seu suposto mundo visível também se mostrará aparentemente conturbado, uma vez que o “mundo das aparências” é meramente um reflexo da mente humana. 

Esta fase temporária, de agitações internas, é chamada pela Ciência Cristã de “Quimicalização”, por se assemelhar à reação química de um ácido com uma base, que entram em “efervescência”, quando juntados, para depois de completa a reação, se tornarem calmaria, tendo por resultado a formação de sal e água. 

Em outras palavras, é a “reação” entre a Verdade e o erro, resultando, após a “desintegração da ilusão”, em período mais harmonioso de vida humana. 

Portanto, quando este estudo se inicia, e é levado com muita dedicação e seriedade, a pessoa não precisa se assustar com os novos acontecimentos da “aparência”, achando que sua vida ficou pior, mais problemática, mais difícil, etc. Ela simplesmente estará passando pelo previsto processo de “Quimicalização”. 

O processo interno, descrito como “desintegração da ilusão”, será contínuo na vida daquele que realmente se mantiver sincero e dedicado em sua busca por Deus, uma vez que a Verdade é infinita e, a cada avanço em sua compreensão, teremos o equivalente em destruição das crenças falsas, antes aceitas como naturais. 

Mas, de início, o processo poderá se mostrar mais agressivo e contundente, pois, para as pessoas de sua convivência, o “novo” buscador da Verdade ficará sendo visto como “ estranho”, alguém que “sem motivo aparente”, deixou de “ser o mesmo”, se mostrando “esquisito”, etc. 

E, caso ele tente explicar algo sobre o estudo, lhe dirão que está ficando excêntrico, fanático, etc. 

O fato é que ele terá que reaprender a conviver com aqueles que, mesmo fisicamente próximos, não o estão acompanhando no mesmo estudo e mesma busca, o que lhe requererá um tremendo “jogo de cintura”, que o obrigará a meditar muito mais para se manter em harmonia interna, tanto consigo mesmo como com o mundo ao seu redor. 

Deus será seu constante refúgio! Se ele for tentar despertar nos demais o mesmo interesse pela Verdade, não será bem sucedido na maioria das vezes. Isto devido ao processo já explicado, de que “o interesse no visível” decorre de uma ação da Consciência na mente, e isto explica o descaso geral dos demais pelo seu “despertar” e pelos seus “assuntos espirituais”. Isto se refletirá também em seu campo de atividades e de amizades, onde a mesma coisa sucederá: por lidar com aqueles que permanecem no antigo pensar, a sintonia antiga irá ficando cada vez menor, e novas pessoas serão atraídas, enquanto das antigas, as que permanecerem, serão somente aquelas já com algum “toque de Deus” dentro delas. 

“Quem são minha mãe e meus irmãos?” – indagou Jesus, quando lhe disseram que sua mãe e seus irmãos haviam chegado. “Minha mãe e meus irmãos são aqueles que fazem a vontade de meu Pai” – completou. Esta será a “lei” de cada um, a partir de sua busca pela Verdade! 

Os relacionamentos “pela carne” serão de início mais difíceis, enquanto os novos relacionamentos, gerados “pelo Espírito”, se tornarão naturais e gratificantes. Com o passar do tempo, mesmo os relacionamentos “pela carne” ficarão melhores, por terem, as pessoas, assimilado as “estranhezas”, e ficando habituadas ou conformadas com aquele que havia se tornado “fanático” em decorrência do estudo. 

Assim, a harmonia, aparentemente, estará de volta, sua convivência com os familiares e amigos antigos ficará melhor, pela “adaptação” vinda a ambas as partes, enquanto a real “convivência” passará a ser em maior grau com aqueles voltados à busca pela Verdade, estejam eles fisicamente próximos ou não. 






GRATIDÃO AO MEU AMIGO DÁRCIO

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