Como o estudo da Verdade é sobre quem realmente somos, e não sobre o ilusório “eu” captado pela mente humana, principalmente quando nesta fase de quimicalização, cada um precisa ficar radicalmente firmado na revelação de sua identidade como sendo “Deus Se expressando como o Eu que Eu Sou”.
A princípio, isto não lhe parecerá ser tão fácil quanto o é dizer, pois a crença de que somos humanos tentará prevalecer.
Por isso, o buscador da Verdade terá de ser muito firme! Firme em reconhecer quem, de fato, ele é, e firme em refutar com energia as aparências ou sugestões em contrário.
A leitura de livros sobre a Verdade absoluta, bem como as meditações contemplativas, lhe serão de enorme ajuda. Falando em livros, eles devem ser muito bem escolhidos, para não serem instrumentos de infiltração de mais crenças falsas. Esta “escolha” será bem feita quando as meditações estiverem em dia, e ele, inspirado por Deus, souber filtrar ideias e pensamentos dualistas que, porventura, for encontrando nas leituras. Sua base de entendimento é sempre a Verdade: “Eu sou Deus em expressão e jamais sou um “eu ilusório” em mutação, em evolução, ou em ilusão”.
O referencial deve ser sempre o do Absoluto, o da “permanência” das obras de Deus, o da “unidade” que somos em Deus.
As mudanças aparentes são “crenças em dissolução”, e mesmo que “sinta” ou “pense” que algo esteja acontecendo com ele, não será com ele, mas com o “eu da crença”, que é parte integrante justamente da “ilusão” que a Verdade está a dissipar. Portanto, conversas ligadas a este “eu da crença”, como por exemplo as que falam em mediunidade, evolução do ser, reencarnação, etc., nunca devem ser consideradas, uma vez que este estudo é da Verdade e não da ilusão. Venham do mundo, venham de livros, venham de supostos autores renomados, não importa: se forem ideias, opiniões ou sugestões que contenham a CRENÇA EM MUDANÇA, ou que endossem a falsa noção de que algo, em VOCÊ, sofreu, sofre ou sofrerá “mudanças”, descarte isso tudo imediatamente!
Tais ideias, ou sugestões, não são a Verdade. Dificilmente encontramos livros sem conteúdo nenhum de dualidade, ou sem resquícios de “ilusão” vindos do próprio autor; por isso este cuidado em filtrar o que é Verdade e o que não é, deve sempre ser tomado.
“Eu sei que tudo quanto Deus faz durará eternamente; nada se lhe deve acrescentar e nada se lhe deve tirar. E isto faz Deus para que haja temor diante d’Ele” (Eclesiastes 3: 14). Esta citação deve lhe servir como parâmetro de avaliação de autores ou livros a serem lidos.
Somos “obras de Deus”, somos perfeitos, e o que somos, eternamente somos, o que explica o motivo pelo qual nosso “referencial de existência” precisa ser o do Absoluto, que parte da Verdade imutável e jamais de “aparências mutáveis”.
A expressão “para que haja temor”, contida na citação, significa “para que haja respeito”, ou seja, para que haja a percepção de que Deus é TUDO, e não há, portanto, ”nenhum outro”, muito menos um suposto “outro” capaz de modificar alguma de Suas obras, todas elas perfeitas e eternas!
Esta questão de se adotar o “Referencial da Luz”, que é consistente, deixando de lado o “referencial das aparências”, que é ilusório, é fundamental neste estudo da Verdade Absoluta.
Que é o “Referencial da Luz”? É considerar a Existência a partir do PONTO DE VISTA DE DEUS, sem levar em conta o suposto “testemunho da mente humana”.
Quando Jesus disse: “Vinde, benditos de meu Pai, possui por herança o Reino que vos está preparado desde a fundação do mundo” (Mateus, 25: 34), podemos notar que o chamado partia dele como já estando no Reino de Deus: “Vinde!”.
Quem o visse ali, com olhos humanos, poderia pensar que ele estivesse “neste mundo”, mas, este “Vinde”, revela o contrário: Jesus, vendo-se já no Reino de Deus e vendo a todos também igualmente no Reino de Deus (não existe outra existência), de fato fazia um convite para que todos abrissem os olhos espirituais e vissem a situação verdadeira: “Em Deus vivemos, nos movemos e temos o nosso ser” (Atos. 17: 28). Ou seja: sabia que jamais alguém poderia “ir” para onde “já está”, mas que todos teriam de tomar consciência desta Verdade.
O “Referencial da Luz” é o referencial da Verdade consumada, o referencial de “o que era desde o princípio”, que, por ser eterno, é permanentemente “agora”.
Por mais bem intencionado que alguém possa ser, se partir do “referencial das aparências”, não conseguirá discernir que TUDO JÁ É!
Sempre haverá um pensamento contrário à Verdade absoluta, e sempre ele se achará “aspirante à iluminação”, em vez de já partir daquilo que sempre É: Deus Se expressando como o Cristo de si mesmo.
Adotar o “Referencial da Luz” é meditar e contemplar os fatos como eles são, o que jamais será atividade da suposta mente humana.
Enquanto a Bíblia diz que “temos a Mente de Cristo”, no Budismo é revelado que “temos a Mente búdica”, ou seja, a Mente DESPERTA!
Meditar com a intenção de “ver a Luz” é pura negação da Verdade, que já é a “Visão permanente e iluminada em Autocontemplação, manifestada como “nossa” Visão individual. Forçar a mente ilusória, para que com ela a Verdade seja conhecida, é mera pretensão infundada.
A Verdade somente é conhecida pela Mente de Deus, que é absoluta e onipresente!
Desse modo, quando for meditar, parta unicamente deste “Referencial da Luz”: “Deus é o Eu que eu Sou: Deus é a Mente que contempla o Reino de Deus como a Mente que Eu Sou. Eu, aqui e agora, contemplo unicamente o reino de Deus” – desse modo, sem forçar nada, e apenas reconhecendo o que JÁ É, a “névoa ilusória” se mostrará como “nada”, enquanto VOCÊ permanecerá sendo a Verdade, que é “tudo”.
Exclua a possibilidade de estar presente “outro eu”, que não DEUS, para estar Se manifestando como o “seu” EU.
Reconheça que o Eu ÚNICO é a Verdade infinita e onipresente e, serenamente, aceite-se SENDO ELA PRÓPRIA, aceite-se JÁ ESTANDO NO REINO DE DEUS.
GRATIDÃO AO MEU AMIGO DÁRCIO
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