Uma crença errônea não contém substância alguma. Assim, é totalmente injustificado o argumento de que alguma pessoa sofra devido às suas falsas crenças.
Houve época em que se atribuía valor ao sofrimento, associando-o com o despertar da espiritualidade.
Ainda hoje, muitos são os que dizem: “Acho que eu tinha que passar por isto”, ao se referirem a certos acontecimentos. Também é de aceitação ampla a ideia de que “recebe o bem quem faz o bem, recebe o mal quem faz o mal”. Tudo isso se deve à errônea crença de que tanto o bem como o mal existem.
Porém, o que existe realmente, além do conceito humano de justiça, é o AMOR DIVINO. Somente uma abertura ao Amor Divino faz com que as frases ditas por pessoas que se julgam culpadas sejam vistas por elas próprias como infundadas e vazias, no âmbito do Absoluto.
O conhecimento do Amor Divino é o Autoconhecimento, pois Deus, Amor e Identidade são UM. “Será que sou merecedor do Amor de Deus?”, ou, “Será que sou digno de ser um canal de manifestação de Deus”?
Eis dois exemplos de infinitas frases ilusórias que circulam por aí. A crença errônea básica é a que admite a dualidade Deus e canal de expressão.
Tanto o bem quanto o mal são inexistências. Logo, os canais “humanos” de Ação divina, bons ou maus, são inexistentes.
As notas musicais não são canais de expressão da melodia: elas se manifestam COMO a melodia.
O homem não é um canal aberto ou fechado ao Amor Divino: o Amor Divino Se expressa COMO o homem. Esta é a Verdade.
Você, leitor, está sendo unicamente o Amor Divino, aqui e agora. Você não irá merecê-Lo futuramente, em vista de já estar, exatamente AGORA, sendo este Amor em expressão. Você já está consciente deste Fato; já está percebendo que VOCÊ É ESTE AMOR, pois o Amor Divino Onipresente constitui a SUA TOTALIDADE, exatamente agora.
Onde ficam os sentimentos de culpa ou autorrecriminação agora, quando VOCÊ SE IDENTIFICA COMO O PRÓPRIO AMOR DIVINO? Eles não ficam em lugar algum! Tais sentimentos jamais existiram realmente: eram falsas crenças.
Através desta análise, quisemos demonstrar de que forma podemos lidar com uma falsa crença. Deixando-a de lado, PASSAMOS A LIDAR UNICAMENTE COM A VERDADE; assim, a falsidade, por si, se revela como inexistência, puríssimo NADA.
Com o exemplo visto, em que nos identificamos COMO Amor Divino, será que seríamos capazes de continuar nos julgando indignos ou culpados? Alguém poderia, ao mesmo tempo, perceber o Amor Divino sendo a integralidade de seu próprio Ser, e ainda considerar-se um mero ser humano, culpado ou inocente?
A aceitação incondicional de que “Eu, assim como já sou, sou Deus”, constitui o ÚNICO “isolante” realmente eficaz com relação às falsas crenças.
A ideia comum é a de que devemos bani-las ou combatê-las. Entretanto, como combater algo destituído de substância, e que é inexistente? Impossível! Portanto, ocupemo-nos EXCLUSIVAMENTE COM A VERDADE, sem jamais atribuir às falsas crenças qualquer conotação de existência.
Não se pode combinar Verdade com falsidade. Como considerar inexistência ao lado da Existência? Existência é aquele Algo que É!
Os artifícios empregados no estudo da Verdade são válidos, quando suas bases são compreendidas. Como exemplo, podemos citar o uso das chamadas “afirmações da Verdade”.
O sentido verdadeiro de se afirmar a Verdade está no fato de que isto passa a ser um artifício de comprovação da inexistência da mente humana.
As pessoas acham que são dotadas de poder mental, e muitas pensam que conseguirão fazer com que a Verdade Se manifeste graças ao uso deste suposto poder. Ocorre, no entanto, que tal pretensão é ilusória. Quando parece atuar, o que de fato ocorre é o seguinte: a afirmação de algo verdadeiro, não captado pela mente humana, mas aceito por ela como real, propicia o manifestar visível (o surgimento da crença ou da aparência) da Realidade invisível, sempre presente. Em outras palavras, surge a crença (limitada) correspondente à eterna Realidade (Ilimitada).
Que ocorreria, caso a afirmação nunca fosse feita? Em termos absolutos, nada mudaria: apenas a aparência visível desta Realidade imutável invisível poderia deixar de ser captada pela suposta mente humana. Como o mundo aparente é inexistente, tanta faz se a crença está ou não sendo modificada devido às afirmações da Verdade. Não é correta a maneira de se colocar a Verdade como algo latente e não manifesto, dependente de uma conscientização mental ou humana para Se manifestar.
A ilusão de que o Universo divino está para Se revelar precisa ser desmascarada. É ela que alimenta a falsa ideia de que o tempo existe, confundindo inclusive a muitos que sinceramente se dedicam ao estudo da Verdade.
Daí o surgimento daqueles que falam em Nova Era, Terceiro Milênio, “nova raça”, etc. TUDO ISSO É ILUSÃO! A VERDADE JÁ ESTÁ TOTALMENTE MANIFESTA; A SUPOSTA MENTE HUMANA, QUE TENTA MANIFESTÁ-LA, É INEXISTENTE!
Quando o Universo à nossa frente é reconhecido pelo que ELE JÁ É, o conceito de tempo desaparece, A PERFEIÇÃO É VISTA COMO SEMPRE ELA É: e então, todos os “mestres” humanos, com suas teorias e crenças, são dissolvidos, assim como desaparecem todos os personagens de um sonho ao término do mesmo.
Como “despertar” do sonho? Como perceber a Verdade JÁ MANIFESTA? Deixando de lado a suposta mente humana; deixando de lado também a intenção da mente humana de “captar” a Realidade. Saibamos que a mente humana, mesmo se existisse, jamais teria condições de perceber ou captar a Realidade divina.
Alguns julgam que a meditação é feita com o objetivo de relaxar a mente, dando-lhe condições de “captar o Infinito”. A Iluminação é uma Ação Divina que JÁ É; a Iluminação é uma Ação espontânea da Consciência.
Já dissemos que a mente humana é inexistente. Que poderia ser captado por um instrumento inexistente? Como algo inexistente poderia receber a Iluminação espiritual? A ilusória mente humana aceita esta aparência de mundo como existente, mas a mente humana e o mundo aparente de sua captação são o mesmo NADA!
Se fizermos este reconhecimento corretamente, estaremos meditando adequadamente. E a mente humana, com o mundo visto por ela, se reduzirá a NADA. Isto se dará naturalmente, pois, com a REVELAÇÃO DA LUZ TOTAL, a ilusão “se desfaz”, revelando, AQUI E AGORA, o Universo de Luz que é a Consciência Divina aparecendo COMO a nossa atual e única Consciência.
VOCÊ É A VERDADE MANIFESTA! VOCÊ, DEUS, E CONSCIÊNCIA, SÃO UM. Em suma, a chamada mente humana não tem participação alguma na PERCEPÇÃO da Realidade. Eis por que estamos partindo sempre da Verdade Absoluta, e declarando que: VOCÊ, ASSIM COMO JÁ É, É DEUS.
A aceitação da Unidade já consumada, ou seja, de que SOMOS A CONSCIÊNCIA ÚNICA ILUMINADA, QUE ESTA É O NOSSO PRÓPRIO UNIVERSO ILUMINADO, revela que a “crença” é apenas mera palavra, e que jamais ela chegou a ser alguma coisa além disso.
Repetindo, a Iluminação espiritual é uma Ação espontânea da Consciência. Assim que nos identificamos COMO esta AÇÃO, contemplamo-nos COMO sendo o próprio DEUS. Neste ponto, palavras e pensamentos se mostram como inexistências, como algo que jamais teve qualquer tipo de atuação: TUDO SE MOSTRA COMO LUZ; TUDO SE REVELA DA MANEIRA COMO REALMENTE SEMPRE JÁ É.
GRATIDÃO AO MEU AMIGO DÁRCIO
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