Mesmo que a pessoa se julgue sábia, humanamente falando, esta sabedoria é nula diante da Onisciência de Deus.
A mente humana, de si mesma, somente vive de conceitos, de crenças mutáveis, sem jamais merecer total ou absoluta confiança.
Por outro lado, se a pessoa entra em oração e se permite ser inundada pela Sabedoria divina, sobrarão, aos olhos da “crença humana”, ou da mente humana, resquícios dessa sabedoria que, postos em prática, resultarão em sucesso e bem-aventuranças na suposta vida cotidiana.
Aos Romanos, Paulo deu a seguinte advertência: “Não sejais sábios aos vossos próprios olhos” (Romanos 12: 16). Sabia que o “orgulho intelectual” atuaria como filtro à real sabedoria universal, que é a Onisciência em nossa Essência.
Trocar a Essência pela “aparência” jamais será sinal de real sabedoria!
Tanto é assim, que antes de qualquer atitude ou tomada de decisão, a “Prática do Silêncio” deverá ser levada em conta em primeiro lugar.
Mesmo que a pessoa se julgue sábia, e já forme logo uma própria opinião, melhor lhe será que momentaneamente a deixe de lado, dedicando-se a “contemplar-se” sendo o Cristo, o Filho oculto na Onisciência do Pai. Sem qualquer ideia de fazer valer sua prévia opinião intelectual, deve entregar-se à Verdade até sentir-se em unidade com Deus.
Deixar o Espírito dar testemunho, enquanto discerne serenamente aquela unidade como permanente.
Desta oração contemplativa, surgirá, na suposta mente humana, a real sabedoria requerida a cada caso em questão.
Lembre-se deste alerta de Paulo: “não se julgue sábio aos seus próprios olhos!”
A suposta “sabedoria humana”, quando flui decorrente de nossa identificação com Deus, jamais poderá ser chamada de “humana”, para que alguém, da aparência, vaidosamente se julgue “sábio” por usá-la e constatar ter ela se mostrado eficaz em sua suposta vida humana.
Não existem “dois mundos”, e não existem “dois Eus”, um em Deus e outro no mundo!
Seu “Eu” é um só: Deus sendo o Eu específico que você É!
Eliminando o “homem natural”, que poderia se vir “alimentado”, caso seus olhos de apreciação e orgulho fossem considerados como sendo os dele, o seu Eu divino Se revelará, atuando como “Sabedoria do Todo”, ou “Sabedoria da Unidade”; e então, a Oniação lhe será nítida e clara, bem como a Onisciência, que é uma com Ela.
Em I Coríntios, 2: 6, encontramos: “Contudo, falamos sabedoria entre os perfeitos; não porém, a sabedoria deste mundo, nem dos príncipes deste mundo, que se aniquilam; mas falamos a sabedoria de Deus, oculta em mistérios, a qual Deus ordenou antes dos séculos para a nossa glória. A qual nenhum dos príncipes deste mundo conheceu; porque, se a conhecessem, nunca crucificariam ao Senhor da glória”.
*GRATIDÃO AO MEU AMIGO DÁRCIO