“Porque sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra.
E, depois de consumida a minha pele, ainda em minha carne verei a Deus.
Vê-lo-ei por mim mesmo, e os meus olhos, e não outros, o verão; e, por isso, os meus rins se consomem dentro de mim”.
Jó, 19: 25-27
Desde os antigos Vedas vem sendo revelada a Verdade de que o Universo é formado do Uno, a Presença única e indivisível, manifestada como tudo e como todos.
Jesus reiterou este fato de inúmeras maneiras, inclusive ilustrando-o como “a Videira e seus ramos”. Crenças falsas sempre se mostraram presentes, oriundas de uma suposta “mente apartada do Uno”.
Por outro lado, todos os ensinamentos iluminados revelaram a fragilidade dos argumentos dualistas, que jamais encontram sustentação sólida, quando comparados com as Verdades absolutas.
Se o Universo é o Uno Se manifestando como Formas, somente se partirmos deste Referencial do Uno é que poderemos ter nossa casa “erguida sobre rocha”.
Se dissermos, por exemplo, que “Deus é Onipresente”, considerando a Existência a partir do que temos revelado sobre Deus, isto é, que “Deus é Espírito”, seremos obrigados a nos ver, e a tudo e a todos, como sendo Deus e como sendo Espírito! Não há como encarar a vida segundo as “crenças materialistas”, se partirmos deste “Referencial Absoluto”. E é isto que o “estudo absolutista” faz, ou seja, desconsidera a “visão dualista”, a suposta “visão dos sentidos humanos”, para se firmar no que Deus É, e, portanto, no que todos SOMOS, em virtude de nossa “unidade com Ele”.
A experiência de iluminação espiritual não é algo que “comece”, para durar alguns instantes, cessar logo em seguida, para “posteriormente” poder vir a se repetir!
Quando falamos em “lampejos do Reino de Deus”, este linguajar é dualista, e não corresponde aos fatos verdadeiros! Por quê? Porque é um ponto de vista decorrente do que a suposta ”mente humana” registrou, que foi, na verdade, um “momentâneo sumiço dela”, quando a Luz do Uno pôde ser notada estando ali presente! Como o “referencial” desta abordagem era humano, ficou a impressão de ter havido um “lampejo”, ou um “início de experiência de Deus”. Fazendo uma analogia, seria enxergarmos momentaneamente o Sol brilhando entre nuvens carregadas, em dia nublado; se o nosso referencial tivesse sido colocado “no Sol”, ele estaria brilhando e assim sendo visto constantemente, sem interrupções!
A “experiência de iluminação”, da mesma forma, é constante e sem começo ou fim; está permanentemente se dando, e de forma universal e onipresente.
O que temos a fazer, é uma “troca de referencial”: deixarmos o “Referencial do mundo do pai da mentira” para nos discernirmos presentes no “Referencial do Uno”, em que somos Deus, a Unidade Perfeita, iluminada e permanente!
Na citação de abertura, vemos Jó revelando ter tido este lampejo, que o fez constatar “seu Redentor” nele vivendo, e que, em sua própria visão, “por fim se levantaria sobre a terra”. Qual o sentido disso? A nossa “ascensão” da suposta mente carnal à Mente de Cristo! A partir disso, teve ele, e igualmente teremos nós, esta certeza: “Ainda em minha carne verei a Deus!”.
Quando Jesus disse: “Vinde Mim, e Eu vos aliviarei” (Mateus, 11: 28), ou, quando Isaías disse: “Inclinai os vossos ouvidos e vinde a Mim…” (Isaías, 55: 3), estavam ambos se referindo ao “Mim” citado por Jó: “Vê-lo ei por MIM mesmo, e os MEUS OLHOS, E NÃO OUTROS, O VERÃO!”. Todos se referiam ao UNO, ao “Mim” que é o “Redentor em Todos”, o “CRISTO EM TODOS”!
“VIR A MIM” é um chamado à “TROCA DE REFERENCIAL”, um convite para abandonarmos o “julgamento pelas aparências” para adotarmos o “julgamento justo”, o “REFERENCIAL DO ABSOLUTO”, EM QUE O UNO É TUDO!
É DESSA FORMA QUE, AINDA EM SUA CARNE, VOCÊ VERÁ A DEUS, E O VERÁ COM OS SEUS PRÓPRIOS OLHOS, COMO REVELA JÓ! E VOCÊ O VERÁ “POR MIM”, PELOS OLHOS DO PRÓPRIO DEUS SENDO O CRISTO ETERNO QUE VOCÊ É!
CONTEMPLE EM VOCÊ O SEU REDENTOR VIVO! O PAI SENDO O CRISTO COMO VOCÊ!
CONTEMPLE-SE “ERGUIDO SOBRE A TERRA”, RENASCIDO NO REFERENCIAL ABSOLUTO! CONTEMPLE DEUS EM SI MESMO!
REPITA, COM JÓ, EM MINHA “CARNE” EU AGORA VEJO A DEUS! VEJO-O POR MIM MESMO; OS MEUS OLHOS AGORA O VEEM! TUDO É ESPÍRITO! TUDO É DEUS!
*GRATIDÃO ETERNA AO MEU AMIGO DÁRCIO
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