O “desmantelamento” da ilusão revela o FATO que sempre É: A EXISTÊNCIA ÚNICA DE DEUS. Todo ensinamento metafísico ou ontológico parte da TOTALIDADE E UNICIDADE DE DEUS, para fundamentar suas assertivas quanto a serem “nadas” as supostas “aparências” de imperfeição.
Diante da “aparência” de um doente, por exemplo, se a pessoa ler que “aquela aparência é ilusão”, esta leitura só lhe será realmente útil quando lhe causar o “desmantelamento da ilusão”, ou seja, quando o fizer entender que o que lhe parecia tão “real” e tão “convincente”, como “aparência”, era falsidade a ser revista e reinterpretada segundo a Verdade de que SOMENTE EXISTE DEUS.
Quando se fala em “desmantelamento da ilusão”, o sentido é diferente do costumeiramente imaginado, ou seja, de haver alguma “imperfeição”, chamada ILUSÃO, para ser removida, extinta ou combatida, o que é o oposto da verdade!
O sentido é, realmente, uma “troca de convicção”, isto é, entender que, no lugar em que o mundo inteiro se diz convicto de haver “um doente”, por exemplo, existe, e no mesmo lugar, unicamente DEUS!
Certa vez, diante da TV ligada, em que estava sendo transmitida uma partida de futebol, uma das pessoas vibrou de alegria e comemorou efusivamente “mais um gol” do seu time. Era a alegria em pessoa, até SER AVISADO de que era unicamente a repetição em vídeo do gol já feito! O “gol” que ele comemorou nunca existiu! Toda sua movimentação se dera em função de uma ILUSÃO na mente! E, quando é que a “ilusão” foi desmantelada? Somente quando ele, diante do aviso sobre o VERDADEIRO FATO OCORRIDO, rendeu-se radical e integralmente a ele!
Que era a ILUSÃO? Um “gol a mais”.
Que era o FATO? O jogo seguindo seu curso normal, sem nenhum “gol novo”.
Não existe “ilusão” dura de ser anulada! Existe a VERDADE a ser reconhecida, ATÉ QUE SE TORNE CONVICÇÃO!
Se a pessoa ficar o dia todo mentalizando: “este segundo gol não existiu”, mas retendo a possibilidade de ele ter realmente acontecido, sua mentalização será puro desgaste mental!
Mas, tendo recebido a notícia verdadeira, de que “não houve outro gol”, mesmo já com esta verdade em sua mente, por algum tempo ele talvez ainda se mostre acreditando na ILUSÃO, por ter -se impregnado da “falsa certeza” com tamanha euforia! Porém, a ILUSÃO jamais existiu!
“Desmantelar a ilusão” não é, portanto, “mudar aparências”, e sim RECONHECER O FATO REAL ali presente.
Se estivermos diante de um suposto “doente”, mentalizando e meditando para que “seja curado”, estaremos “comemorando gol que não existiu”.
A prática correta dos princípios espirituais prevê uma troca de convicção. E leve ela o tempo que nos for necessário! Isto porque irá requerer que, diante do suposto “doente”, façamos a remoção total de NOSSA ACEITAÇÃO FALSA de que DEUS, SUA REAL IDENTIDADE ETERNA, deixou de sê-lo, para que “um doente” pudesse surgir e estar presente! Aparecer este “doente” teria a mesma natureza de “aparecer o gol que não houve”, ou seja, ambos seriam ILUSÃO!
Enquanto o “gol inexistente” estiver sendo aceito como FATO, o real FATO ficará alheio à percepção de quem se iludiu!
Portanto, não é a quantidade de mentalizações ou de contemplações o que determina a eficácia da prática dos princípios da Verdade.
O que valerá é um total desligamento do quadro ilusório pela aceitação incondicional do FATO eterno ali presente.
As mentalizações e contemplações são expedientes utilizados para este fim.
“Orei tanto, mas a ilusão não desapareceu!” – dizem alguns! Mas não é o “tanto tempo” que importa! Que diz esta frase? Que a pessoa não trocou o “gol que comemorou” pelo FATO de ter sido ele uma IRREALIDADE!
É preciso haver uma dedicação constante e correta prática dos ensinamentos, ou seja, diante de “imperfeições”, convencer-se de serem elas a ILUSÃO, uma IRREALIDADE que se faz passar por REALIDADE, uma “miragem” tentando se mostrar REAL, enquanto UNICAMENTE DEUS É REALIDADE!
As mentalizações e contemplações da Verdade nos ajudam muito; porém, o principal é, primeiramente, sabermos o porquê de as utilizarmos! Não as faremos para “mudar fatos”, mas apenas para não nos deixarmos levar pela ILUSÃO!
O FATO É SEMPRE UM: DEUS, PERFEIÇÃO, SENDO TUDO!
A descoberta: “Ah, não foi gol!” deverá ter o seu equivalente, ou seja, “Ah, não há doente nenhum!”.
E ENTÃO, PERMANECER NO FATO REAL, SEM VOLTAR À ILUSÃO, PARA RECLAMAR QUE ELA NÃO SUMIU! Teria sentido o torcedor puxar de volta a mentira de que “houve o gol inexistente”, e reclamar que ele não virou o “nada”? QUE VERDADE TERIA ELE CONHECIDO?
*Gratidão eterna ao meu amigo Dárcio
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