Os discípulos já haviam visto a “multiplicação de pães e peixes”!
Mesmo assim, logo depois, se queixavam da falta de pão!
Haviam se esquecido de levar pão, e, vendo que havia apenas um no barco, já estavam comentando a escassez!
“Eu sou o pão da vida”, disse certa vez Jesus, para explicar a Verdade universal do Ser.
A “escassez” surge, nesta aparência de mundo, quando cada um, a exemplo dos discípulos, se “esquece do pão”, não do pão material, mas do “Pão da Vida”.
A vida pela Graça é a de quem “trabalha pela comida que não perece”.
Muitos não entendem, quando leem que “somos co-herdeiros de todas as riquezas celestiais”, que tais riquezas são o “Pão de cada dia”, a presença do Cristo, reconhecida diariamente em nós! Esta é a “comida que não perece”.
“Para que arrazoais, que não tendes pão? Não considerastes, nem compreendestes ainda? Tendes ainda o vosso coração endurecido? Tendo olhos, não vedes? E, tendo ouvidos, não ouvis? E não vos lembrais, quando parti os cinco pães entre os cinco mil, quantos cestos cheios de pedaços levantastes? Disseram-lhe: doze. E, quando parti os sete entre os quatro mil, quantas alcofas cheias de pedaços levantastes? E disseram-lhe: Sete. E ele lhes disse: Como não entendeis ainda?” (Marcos; 8; 17,21).
Ainda hoje muitos não entenderam!
As limitações visíveis desaparecem quando, “com olhos ao céu”, reconhecemos a eterna presença do “Pão da Vida” em nós.
Tão logo reconheçamos com alegria esta Presença divina, “os bens visíveis começam a fluir”; que devemos fazer com eles?
Administrá-los, entendendo-os como mera “sombra visível” da Substância eterna, do “Pão da Vida”, presente em nós.
Desse modo, a cada dia, teremos o necessário para as nossas necessidades; além disso, este trecho ensina a lei “dai e ser-vos-á dado”; como podemos ver, Jesus “partiu os cinco pães entre cinco mil pessoas”. E os pães se multiplicaram!
Muitos vivem acumulando tudo que vieram recebendo!
“Juntam tesouros onde as traças corroem”. Egoísmo? Medo do futuro? Na verdade, não!
Pura falta de entendimento!
Puro “coração endurecido”!
Somente creem no que veem materialmente!
A tais, Jesus perguntaria:“Como não entendeis ainda?”
Uma compreensão superficial deste trecho poderia nos fazer crer que a prática da “caridade” é diretamente o nosso objetivo; porém, esta “datividade”, como exposta no ensinamento de Jesus, não é humana!
Primeiramente, ele estava desejoso de que os discípulos percebessem o principal: que o mesmo Pai, Fonte do suprimento, estava igualmente presente em cada um.
Somente depois desta Verdade ser reconhecida, valeria “distribuir” os pães aos cinco mil! Para quê? Para que mais “cinco mil” pudessem conhecer e contar com a mesma presença do “Pão da Vida” neles próprios!
Vivamos a vida pela Graça!
A “lógica divina” é diferente da humana!
Sigamos a “receita de Jesus”.
Passemos a reconhecer, em oração dedicada, o Cristo em nós como o “Pão da Vida”.
Sintamos realmente esta “presença”!
Assim, estaremos trabalhando pela comida que não perece.
Distribuamos, com amor e sabedoria, o que tivermos em nossas mãos!
Somos Filhos de Deus! Unos com a Fonte infinita de Suprimento real!
Se assim fizermos, testemunharemos a repetição do “milagre da multiplicação” em nossas vidas.
Tenhamos esta certeza: cada um de nós dispõe de “cinco mil” à espera de que, com eles, repartamos esta “Consciência” de nossos “pães e peixes”, não para que de nós fiquem dependentes, mas, pelo contrário, para que se emancipem nesta Verdade gloriosa que nos liberta a todos!
GRATIDÃO AO MEU AMIGO DÁRCIO
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