Translate

segunda-feira, 4 de julho de 2016

Pedras Fundamentais




Descobri que as seguintes ideias acerca da Divindade, hostilizadas por teorias, doutrinas e hipóteses finitas, são regras demonstráveis na Ciência Cristã, e que precisamos ater-nos a elas.
 
TUDO O QUE DIVIRJA DA MENTE DIVINA ÚNICA, OU DEUS – OU DIVIDA A MENTE EM MENTES, O ESPÍRITO EM ESPÍRITOS, A ALMA EM ALMAS, E O SER EM SERES – É UM ENUNCIADO ERRÔNEO SOBRE O INFALÍVEL PRINCÍPIO DIVINO DA CIÊNCIA, ENUNCIADO QUE INTERROMPE O SIGNIFICADO DA ONIPOTÊNCIA, DA ONISCIÊNCIA, E DA ONIPRESENÇA DO ESPÍRITO, E É DE ORIGEM HUMANA E NÃO DIVINA.

Trava-se uma batalha entre as evidências do Espírito e as evidências dos cinco sentidos; e essa luta tem de prosseguir, até que a paz seja declarada pelo triunfo final do Espírito, em imutável harmonia. A Ciência divina, baseada na onipotência e onipresença de Deus, ou o bem divino, desmente a existência do pecado, da doença e da morte.

Toda consciência é Mente, e a Mente é Deus. Portanto, existe uma Mente só; e essa única é o bem infinito, que nos proporciona toda a Mente por reflexo, e não pela subdivisão de Deus. Fora disso, tudo que pretende ser mente, consciência, não é verdadeiro. 
 
O sol emite luz, mas não sóis; assim Deus se reflete a Si mesmo – a Mente – mas não subdivide a Mente, ou o bem, em mentes, boas e más. 
 
A Ciência divina exige tremendas lutas contra as crenças mortais, quando singramos o insondável mar das possibilidades, rumo ao porto eterno.

Nem a filosofia antiga nem a moderna oferecem base científica para a Ciência da cura-pela-Mente. Platão acreditava ter uma alma que precisava ser tratada para curar o corpo. Isso seria como corrigir o princípio da música a fim de destruir a dissonância. 
 
O Princípio está certo; a prática é que está errada. A Alma está certa; a carne é que é má. Alma é sinônimo de Espírito, Deus; logo, existe só uma Alma, e essa é infinita. Se aquele filósofo pagão tivesse sabido que o sentido físico , não a Alma, é a causa de todos os males do corpo, sua filosofia teria cedido à Ciência.

O homem brilha com luz emprestada. Reflete Deus, sendo Deus a Mente do homem, e esse reflexo é substância – a substância do bem. No erro a matéria é substância; na Verdade, o Espírito é substância.

O mal, ou erro, não é Mente; mas a Mente infinita é suficiente para produzir todas as manifestações da inteligência. A noção de que há mais de uma Mente, ou Vida, não é científica, nem satisfaz. Tudo tem de ser de Deus, e não nosso, separado dEle.

Os sistemas humanos de filosofia e religião desviam-se da Ciência Cristã. Tomar erradamente o Princípio divino como se fosse personalidade corpórea, enxertar na Causa Primária e única efeitos tão opostos como o bem e o mal, a saúde e a doença, a vida e a morte; fazer da mortalidade o estado e a regra da deidade – tais métodos não podem jamais conduzir à perfeição e demonstração da Ciência metafísica, ou Ciência Cristã.

Afirmar que existe o Princípio divino, a onipotência (omnis potens), e depois desviar-se dessa afirmação, adotando a regra da matéria finita para com ela resolver o problema da infinidade ou Espírito – tudo isso é como tratar de obter compensação pela ausência da onipotência, utilizando um sucedâneo físico, falso e finito.

Para nosso Mestre, a vida não era simplesmente uma noção de existência, mas incluía o conhecimento de poder que subjugava a matéria e trazia à luz a imortalidade, tanto assim que as multidões ficavam “maravilhadas da sua doutrina, porque ele as ensinava como quem tem autoridade, e não como os escribas”. 
 
A Vida, como a definiu Jesus, não tinha começo; não era o resultado de organização, nem fora infundida na matéria; era Espírito.
 
 
 
 
 
 
 MARY BAKER EDDY
 
 
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário