Algumas vezes a Percepção da Presença de Deus sendo o Ser que somos chega em palavras e pensamentos; outras vezes, como impressões, ou apenas como uma sensação interna de relaxamento ou liberdade.
Às vezes nossa face expressa um sorriso. Parece não ter significação, mas há nele uma sensação de paz.
No momento em que
nos sentimos uma confirmação interna, estamos recebendo uma resposta à nossa
prece.
Daí por diante, bastar-nos-á ficar atentos ao desabrochamento da
harmonia em nossa experiência, o que poderá levar um dia, uma semana, um mês ou
um ano. Tudo depende de quanta macega precisa ser capinada ou de quantas
florestas devam ser derrubadas. Muitos de nós estamos perdidos em espessas
florestas de superstição, florestas de ignorância quanto à natureza de Deus e à
maneira como Ele trabalha.
Quando estas coisas são vistas com clareza e superadas, verificamos que harmonia começa a manifestar-se em nossa vida.
Temos acesso a Deus, a Consciência
divina, que é a nossa consciência individual, somente pela nossa auscultação
interna, por meio da meditação, convidando-a a derramar-se em nós e através de
nós.
Não temos acesso a Deus através de nossa mente. Só podemos alcançar a Deus
através de nosso ouvido interno, e não pelo ouvido externo.
Temos olhos e não vemos? Temos ouvidos e
não ouvimos? Jesus não se referia aos olhos e ouvidos materiais, mas à
capacidade interna da Alma.
Acaso
possuímos essa faculdade de perceber Deus e não o estamos percebendo,
ouvindo ou vendo?
Acaso sabemos que Deus nos deu a possibilidade interna de nos unirmos a Ele e
de recebermos tudo quanto Ele tem e sermos tudo o que Ele é?
Será que fazemos
uso suficiente dessa capacidade outorgado por Deus?
As faculdades de nossa Alma
são os olhos internos e a audição internas, o que nos permite permanecer internamente em
paz.
Para isso, tem que haver a efetiva, real
presença de Deus, temos que sentir-lhe a presença. Então teremos algo em que confiar.
Precisamos
confiar na certeza que provém da realização e demonstração da presença de Deus
– o que torna possível todas as coisas.
Graças à presença de Deus podemos
aprender a amar nossos inimigos.
Pela graça de Deus, e não por quaisquer de
nossas virtudes, é que podemos orar por
aqueles que nos odeiam e caluniam.
Se realmente quisermos orar pelos nossos
inimigos, se realmente quisermos perdoá-los, precisaremos, antes de tudo,
conscientizar a realidade da presença de Deus e, então, por meio dessa
Presença, poderemos fazer todas as coisas.
Uma vez identificados
conscientemente com a presença de Deus, a Consciência primária, poderemos
caminhar através das chamas ou entrar na
cova dos leões.
JOEL S. GOLDSMITH
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