Translate

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

DORAVANTE NÃO RECONHECEREMOS O HOMEM PELA CARNE










Para curar é necessário transcender o pensamento. Embora a meditação comece com a contemplação da verdade, deve, antes de se cumprir a cura, subir ao mais alto do reino da consciência silenciosa. 

No começo de uma meditação de cura, uma passagem da verdade como “doravante não reconheceremos o homem pela carne” pode estar no pensamento. 


Após se repetir diversas vezes, ou após nós a repetirmos conscientemente, o pensamento se esvai, na medida em que perdemos o significado da frase; doravante não reconheceremos o homem pela boa ou pela má carne, não o reconheceremos como doente ou sadio, rico ou pobre; doravante reconheceremos só Deus, sob as aparências de indivíduo humano espiritual. 


Este é o segredo do Caminho Infinito, e este é o segredo da cura: “Doravante não reconheceremos o homem pela carne”, nem mesmo pela carne saudável. Doravante não reconheceremos o homem pela sua riqueza – pequena ou grande: reconheceremos apenas Deus como Pai e Deus como Filho, o Cristo, à imagem e semelhança de Deus.

Doravante reconheceremos apenas Deus como constituinte do homem; a substância, a vida, a alma do homem, a saúde, a riqueza e o lugar de morada do homem. Doravante reconheceremos só a Deus, e não ao homem.

Percebemos agora que o homem não é carne, mas consciência, tendo só qualidades espirituais. Discernimos que aí está o Princípio criativo que produz sua própria imagem e semelhança, e que esse Princípio criativo é também o princípio de sustentação da vida. E assim a sua criação deve necessariamente ser da sua própria essência – Vida, Amor, Espírito, Alma. Tal é a verdadeira natureza do homem.

“Doravante não reconheceremos o homem pela carne.” E como, pois, o reconheceremos? 

Como um filho de Deus, sua verdadeira identidade. 

À medida que conhecemos a nós mesmos e a todos os demais, como sendo de descendência espiritual, nunca olhamos para o corpo, mas diretamente para os olhos, até poder ver por trás deles, além do homem mortal, além do homem jovem ou velho, doente ou sadio, onde está entronizado o Cristo

O homem visível, quer doente, quer sadio, não é o homem – Cristo, o Eu espiritual daquele homem, não está sujeito às leis da carne, nem mesmo da carne harmoniosa, mas está sujeito apenas ao Cristo.

Logo que alguém chega do fundo de tais cogitações ou contemplações, senta-se num estado de quietude e de pacífica receptividade, no qual nenhum pensamento se introduz. Nesse estado de consciência, O Cristo curador se manifesta, inundando a consciência de paz e tranquilidade. É uma “paz”, um “estar quieto” espirituais, e disso emana a Graça curadora que nos envolve e aos nossos pacientes; e então a harmonia se torna algo aparente, uma experiência tangível. 

Em nossa meditação podemos começar tendo na mente uma pessoa doente, ou pecadora, ou pobre, mas não podemos nos levantar até que, por intermédio da realização, tenhamos atingido o lugar onde não há homem doente ou sadio, rico ou pobre, puro ou pecador; não há pessoa doente para ser curada ou pessoa saudável de quem nos regozijamos: há somente Deus – só Deus na aparência de Pai e Deus na aparência de Filho. Estará então completa a nossa prece, e com ela virá a convicção: “É isso”. 

Enquanto conhecermos a verdade – pensando, falando, declarando a verdade – estaremos no reino mental. De fato, podemos estar pensando nas coisas do espírito, mas estamos pensando com a mente e, provavelmente, não ocorrerá nenhuma cura. Se ocorrer alguma cura, em alguns casos, ocorrerá pela argumentação mental e não será uma cura espiritual e sim mental, pelo efeito da sugestão, um frutificar daquela prática que nos diz “você está bem” ou “você é perfeito” ou “Deus fará isso em você”; e a mente aceita a sugestão e a ela responde. O que não é uma cura espiritual, pois o paciente meramente aceita a sugestão de outra mente.

No Caminho Infinito, não fazemos sugestões; nunca usamos a palavra tu (ou você) num tratamento; nunca usamos o nome do paciente e nem mencionamos o nome da doença, da queixa ou da condição em tratamento, e nem deixamos a pessoa introduzir-se em nosso pensamento depois de ela ter pedido ajuda. Não dividimos aquilo que é UNO - a TOTALIDADE.

Quando estamos em contemplação, não focalizamos o paciente, e sim Deus e as coisas de Deus que conhecemos, ou as leis de Deus que compreendemos ou de que tenhamos lido e tentamos agora realizar.  

Nós não esperamos a cura por qualquer coisas dessas, porque não podemos trazer à luz o filho de Deus do segundo capítulo do Gênesis, de onde só sai Adão, o homem de carne. 

O único modo pelo qual esse homem de carne pode ser devolvido para o Éden é a sua harmonia espiritual normal, não pensando a respeito dela, mas entrando naquele estado de silêncio que não reconhece o bem e o mal. 

Quando não temos desejos, não temos mais desejos do bem que do mal, e somos então puros o bastante para estar no Jardim do Éden, que é sem desejos. Não é um estado de desejar o bem, mas de puro contentamento com o ser, e apenas um estado de Contemplação da Perfeição Divina Onipresente.



A GRAÇA ESPIRITUAL NOS MANTÉM E NOS SUSTENTA QUANDO JOGAMOS FORA A CRENÇA EM APARÊNCIAS DE BEM E MAL





No segundo capítulo do Gênesis, Deus não é mais o Criador, mas ali é chamado de Senhor Deus; e Senhor, está dito, é sinônimo de lei. 

Noutras palavras, o homem do segundo capítulo do Gênesis vive debaixo da lei, ao contrário daquele do primeiro capítulo, criado à imagem e semelhança de Deus e vivendo sob a Graça. 

Como podemos nos tornar esse homem que vive sob a Graça? Como, senão jogando fora a crença em dois poderes? Então a Graça permeará todo o nosso ser, vai nos suportar, manter e sustentar; e a Graça ira à nossa frente aplainando os nossos caminhos. A Graça é tudo à nossa volta, e todavia não temos dela mais consciência do que um peixe tem da água.

Um peixe nada na água, mas nada sabe e esse respeito. Um pássaro não conhece nada a respeito do ar; voa através dele impensadamente. 

Nas palavras de F. Thompson:

“Voara o peixe para achar o oceano?

Mergulhará a águia para achar o ar?

O que perguntamos às estrelas em movimento,

se elas ouviram falar de ti, lá?

E é assim que, quando estamos em estado de saúde espiritual, não só não conhecemos a doença, mas também não conhecemos a saúde – conhecemos apenas o estar em harmonia, normais, livres.

Como pode um homem saudável descrever a saúde? Não é possível, pois ele não sabe o que é isso.

Ele só sabe que está nela, o que quer que ela seja, e que é agradável.

Compreendamos que um dia, em algum lugar e de algum modo, nós aceitamos a crença que não faz parte de nós, a crença de que há dois poderes – o poder de Deus que pode fazer algo por nós e não o está fazendo e o poder do mal, que é muito mais ativo. 

O poder de Deus está agora mesmo fazendo tudo o que pode, e opera no estado edênico de consciência para toda a criação espiritual, mas não pode operar num mundo de dois poderes. Essa é a razão pela qual, por mais éticos, bons e benevolente que nós ou nossos vizinhos possamos ser, nós e eles - se nos reconhecermos como humanos/carnais estamos debaixo do pecado, da morte, de acidentes e guerras.

E mais e mais surge a pergunta: “Como podem existir tais coisas se há um Deus? E a resposta é estarrecedora: há um Deus, sim há,  mas não no cenário humano; não há Deus no segundo capitulo do Gênesis, mais sim um Senhor Deus, que é a lei de causa e efeito – a lei cármica. 

Quando subimos para além da lei de Carma, não estamos mais sob a lei, mas sob a Graça. Em outras palavras, estamos vivendo como no primeiro capítulo do Gênesis, onde não existem tais coisas como o bem e o mal humanos. Aí não há pecado e não há pureza: só há Deus- DIMENSÃO ESPIRITUAL UNICA - ESPÍRITO ÚNICO - SENDO TUDO.

Se tivermos algum problema, quer nosso, quer de alguém da família, de um amigo, paciente ou discípulo, ou se alguém buscar em nós a harmonia, por achar grande a nossa compreensão, devemos praticar este principio de nem bem nem mal em nossa meditação: “Pai, aqui estou, esperando me comunicar com você, mas com qual finalidade? Transformar o mal em bem? Se é isso o que é necessário aqui, Você não o teria feito antes que eu lhe pedisse? 

Todavia não parece que você esteja fazendo qualquer coisa a respeito e, pois, talvez não seja necessário. Onde está o Espírito do Senhor, aí está a liberdade. Onde está o Espírito do Senhor não está o mal. Então, o que será do mal? Ninguém jamais descobriu para onde vai a escuridão quando entra a luz; quando o sol se levanta, aí está a luz, e na sua presença não há escuridão. 


Na presença de Deus, não há pecado, não há falsos apetites ou doenças, perdas ou desemprego, insegurança ou perigo, pois todas essa coisas desvanecem na Sua presença. 


Onde Deus É, não acho o mal, encontro Deus – Deus como minha torre alta, como minha saúde física, como meu suprimento, Deus como meu todo em tudo. 


O que quer que isso seja em si mesmo, não é nem bem nem mal, pois não há bem ou mal presentes em toda parte; há somente Deus preenchendo o espaço todo, assim não há nada a fazer de bem e nada que possa decorrer do bem. 


Deus formou este universo de Si mesmo; desse modo, é Deus que é o bem, não a condição ou a coisa; e, mesmo quando as aparências possam testemunhar o bem ou o mal, eu não as aceito.

Deus constitui meu corpo, que é o templo de Deus, 

Deus é o meu lugar de moradia e a integridade do meu ser; 


Deus é o lugar secreto do Altíssimo no qual vivo, me movo e tenho o meu ser”





terça-feira, 29 de setembro de 2015

QUEM TE DISSE?






O primeiro passo é feito pelo conhecimento do fato de não haver bem ou mal no corpo, de que o corpo como tal não tem qualidades por si mesmo: ele apenas expressa aquilo que lhe é imposto. 

Essa inversão, ou mudança de atitude em relação ao corpo e às condições que lhe são impostas, começa com a seguinte descoberta consciente: “Não há bem ou mal no meu corpo, não há nele velhice ou juventude, vigor ou fraqueza. Meu corpo é apenas um instrumento do Eu, o Deus em mim, que é o Principio criador e conservador do meu ser”. 


Pense por alguns instantes no problema vital que incomoda você – seu mesmo, de seus filhos ou de seus netos. Assim que tiver pensado nele, pergunte a si mesmo: “Tais condições são boas ou más? Quem disse isto? Quem decretou que são boas ou más?” E pergunte-se então: “Teria Deus criado o mal?” Creio que saberá melhor perguntado do que afirmando. 

Se Deus criou a eternidade e a imortalidade, se não há n’Ele “mancha ou mentira”, certamente não foi Ele quem criou o mal. Mas, se Deus não criou o mal, quem o criou? Alguém, ou você mesmo, teria concebido a crença no bem ou no mal? De onde ela veio? 

Você pode não saber as repostas para tais perguntas agora, mas, se você trabalhar com o princípio que é o tema destas mensagens, a resposta para isso, assim como para muitas outras perguntas, lhe será revelada. Neste momento, contudo, por que não aceitar a premissa de que não há, na realidade, nem bem nem mal?

Quando você atingir o ponto de onde se pode compreender que toda condição humana, de qualquer nome ou natureza, existe apenas como “uma crença dentro da mente humana”, crença essa que resultou na expulsão do homem do Jardim do Éden, e quando no mais profundo do seu coração ficar convencido de que, por ser Deus infinito, não há n’Ele pares de opostos, poderá afirmar com o Mestre: 
“Eu venci o mundo”. E estará de volta ao Reino dos Céus, onde ninguém sabe o que é saúde, pois não sabe o que é doença, lá são se conhece dor e portanto ninguém sabe o que é a não-dor; ninguém conhece riqueza ou pobreza; e, se alguém não sabe o que é alguma coisa, como pode conhecer seu oposto? Não há nada com que se possa fazer comparações: apenas há Deus, só o Ser espiritual, a perfeição".

Quando abordamos um trabalho de cura, não devemos ter na mente a ideia de um mal a ser removido ou superado: contudo, por  ainda nos reconhecermos como humanos, ou seja, como seres carnais, reconheceremos que o que está à nossa frente é a aparência do mal em forma de pecado, doença, morte, perda ou limitações e enquanto nos defrontarmos com essas aparências não poderemos ser radicais e, como uma ostra, ignorá-las repetindo sempre: “Deus é tudo, não há erros”. Isso é loucura, e não é pratico. 

Nós não devemos fazer isso; devemos deixar que Deus diga isso para nós; e quando ouvirmos a “pequena voz silenciosa”, ou percebermos que se agita dentro de nós, saberemos com certeza que qualquer aparência de pecado, doença, morte, perda ou limitações à nossa frente desvanecerá. Não pense porém que você, humanamente, possa ser alguém dia tão sábio para realizar isso.

Por sabermos as palavras e podermos dizer silenciosa ou audivelmente “não há nem bem nem mal”, não pense que tal repetição vá fazer milagres na sua vida, pois não os fará.

Você tem de vivenciar essa verdade até que transborde de você; tem de prová-la mais e mais dentro de você mesmo. E, mais ainda, não esqueça que se for tentado a dizer isso para quem quer que seja, antes que se torne tão evidente, transbordante, como se o mundo visse isso em você, perderá o que recebeu, e, o que é pior, poderá perder até a possibilidade de demonstrar isso neste momento. 

Ninguém pode desperdiçar a palavra de Deus, ninguém pode dela se gabar, jogar com ela e pensar que possa conservá-la consigo.

Você apenas pode provar esse princípio na medida em que o abraçar fortemente dentro de você, mantendo-o sagrado, mantendo-o secreto, mas usando-o. Use-o a qualquer hora, com qualquer parcela de erro com que se deparar, nos jornais, no rádio, na sua família, na rua. Em qualquer momento e lugar em que se defrontar com o erro, volte-se para dentro e pergunte-se: “Poderá isso me fazer acreditar no bem e no mal? Poderá fazer-me aceitar dois poderes?” 

Se puder fazer isso, abster-se de aceitar ou julgar pela aparências, não será tentado a sanar alguma coisa ou alguém, mas ficará dentro de si mesmo e fará o julgamento correto, estando dentro do Jardim do Éden, que representa o seu domínio espiritual, o seu estado de harmonia divina.

O reto julgar saber que “no princípio era Deus. Deus criou tudo o que foi feito; e Deus olhou para aquilo que tinha feito e achou muito bom”. 

Será você capaz de ser fiel a essa verdade? Se as feias aparências mostram sua cabeça, será capaz de superar a tentação de ser por elas enganado? 

Será você capaz de declarar e saber dentro de você mesmo: “Eu aceito somente Deus como a verdadeira substância de toda a Vida. Não posso ser induzido a aceitar bem e mal, pois há só Espírito, há apenas uma Vida”?

A cura espiritual não pode acontecer no plano humano. Ela só pode acontecer quando você parar de pensar nas pessoas, nas doenças, nas condições, nas crenças e nas pretensões e tiver voltado para o Éden, onde só há Deus, o Espírito, a Totalidade e Perfeição. 

Ninguém pode mesmo ser um curador espiritual, que trabalhe a partir dos efeitos-aparências ou que ore a partir da tentativa de corrigir algo do mundo de Adão, pois, se isso viesse a ocorrer, ele só teria trocado um sonho desagradável por outro sonho agradável. Se conseguisse melhorar o quadro humano, teria só uma materialidade ao invés de uma materialidade ruim. Não estaria por isso mais próximo do reino de Deus.

Certa vez estava eu sentado numa sala com uma pessoa que estava, em todos os sentidos, muito próxima da morte, e sentia o mesmo desconforto que qualquer um sentiria em tais circunstâncias; percebera eu que não havia nada que pudesse fazer para evitar o passamento. Eu não tinha dons ou palavras milagrosas que pudessem impedir o que parecia inevitável. Teria de vir algo das profundezas internas, ou iríamos ter um funeral.

Tudo o que pude fazer foi me voltar para dentro, para a “pequena voz silenciosa” de esperar, esperar, e por vezes suplicar e pedir. Finalmente veio algo, e as palavras foram estas: “Este é o meu filho bem-amado, no qual me comprazi”

Ninguém teria acreditado nisso se o tivesse visto. Aí estava a doença em sua forma terminal; aí estava uma pessoa morrendo e, apesar das aparências, a Voz disse: “Este é o meu filho bem-amado no qual me comprazi”. 

Após ter recebido tais palavras, não demorou muito para que se tornassem um fato real em demonstração; e a saúde, a harmonia e a totalidade foram restabelecidas.

Noutra ocasião fui chamado ao lado do meu próprio pai, que jazia numa tenda de oxigênio e, de acordo com os médicos atendentes, estava em seu leito de morte. Eu fiquei ali, sem palavras ou discernimento que pudessem mudar essa aparência para a saúde; e ali fiquei eu, como ficaria qualquer um diante do próprio pai em tal situação – mas com uma diferença: eu sabia que, se Deus fizesse ouvir sua voz, a terra se derreteria. Estando eu ali a observar meu pai que respirava pelo aparelho, me vieram as palavras: “Nem só da respiração vive o homem”. Em menos de cinco minutos ele faz sinal para a enfermeira para que retirasse o aparelho, e dois dias depois estava fora do hospital.

Quem decretou que essa condição era ruim? Deus não foi; Ele só disse “nem só da respiração vive o homem”, o que dissipou a crença de que o homem vive do alento, e provou que vive pela vontade de Deus.

Você pode ter dificuldade apenas enquanto retiver a crença em dois poderes. Estará porém livre tão logo comece a olhar para qualquer condição tendo em mente o seguinte: 
“Quem te disse que estás nu? 
Quem te disse que isso é pecado? 
Quem te disse que és mau? 
Quem te disse que isso é doença? 
Quem te disse que isso é perigoso? 
De onde veio? 
Teria Deus dito isso para alguém?”

No momento exato em que perceber que sua função como curador espiritual não é remover ou sanar doenças, ou acreditar que Deus assim o faça, ou que haja algumas fórmulas ou afirmações que possam remover doenças, mas sim que a sua função está em saber a verdade de que toda criação mortal é construída sobre a crença do bem e do mal, você não saberá então nem de saúde nem de doença, de pobreza ou de riqueza, mas apenas de um contínuo transbordamento de harmonia espiritual – o Jardim do Éden. 

Você nunca será um curador espiritual enquanto acreditar que havia dois poderes – o poder de Deus e o poder do pecado, da doença, ou então que haja poder na astrologia ou nas dietas. 

Você nunca será um curador espiritual até que saiba que não é preciso qualquer poder. 

Deus mantém seu universo espiritual eternamente, e não há nada de errado com ele. o que está errado é a crença universal em dois poderes. 






segunda-feira, 28 de setembro de 2015

O PENSAMENTO É O MEIO PELO QUAL O CORPO É SUBMETIDO ÀS CRENÇAS DO MUNDO


       



A pergunta pode surgir em sua mente: “Como posso parar de pensar e acreditar no bem e no mal?”



Permita-me dar-lhe um exemplo que poderá ajudá-lo a esclarecer esse ponto. 



Olhe para a sua mão e pergunte a você mesmo: “Isto é uma mão boa ou uma mão ruim?” 

E, se você se relembrar das vivências adquiridas de há muito, terá de admitir que sua mão não é nem boa nem má: é apenas uma mão, um pedaço de carne com estrutura de osso. Não tem o poder de agir por si só; não pode afagar e não pode esmurrar, não pode dar e não pode segurar. Mas VOCÊ pode movê-la; pode usá-la como instrumento para dar ou segurar. Você pode fazer tais coisas, mas a mão não pode. 

A mão é só um instrumento para o seu uso. Pode ser usada para vários propósitos: pode dar com benevolência ou generosidade ou roubar desavergonhadamente, mas não pode fazer por si mesma coisa alguma. 

Há alguma coisa que move a mão. Uma vez que é você -  que governa a sua mão, pode fazê-lo para o bem ou para o mal; e não apenas a mão, mas o corpo todo, ora para o bem ora para o mal.

Contudo, quando tiver transcendido a mente/ pensamentos, então a mente e o corpo serão controlados pelo Eu que é Deus, e isso produzirá uma mente, um corpo e uma vivência diária que não é nem boa nem má, mas espiritual. 

Novamente, o segredo está em Perceber que temos a Mente do Cristo não condicionada, pela qual a Alma funcione como vida e experiência. 

No exato momento em que aceita que essa mão por si só não pode fazer nada, que é governada pelo Eu, desse momento em diante ela se torna um instrumento de Deus, trazendo consigo apenas o poder de bênção; você e eu não mais governamos a mão pelo nosso humano ser: agora Eu Sou, e Eu é Deus. 

Volte agora a considerar a mão e tome o seu corpo todo dentro de sua mente, e perceba esta mesma verdade: você não tem um corpo bom ou ruim, jovem ou velho. 

O seu corpo é apenas carne e osso. De si mesmo não tem inteligência; nada sobe sobre saúde ou doença; nada sabe sobre o tempo e o calendário. Infelizmente o eu humano sabe, e por causa disso o corpo muda. 

O corpo nada sabe sobre as estações do ano, se é inverno ou verão, tempo bom ou ruim, mas de novo infelizmente nós sabemos, e por causa disso o corpo reflete qualquer coisa que aceitamos em nossas mentes.

É a mente carnal/PENSAMENTO que se torna o caminho pelo qual o corpo aceita as crenças do mundo. 

É pois a mente/pensamento que determina se o corpo é bom ou mau, jovem ou velho, sadio ou doente; mas quando já não temos corpo bom ou mau, jovem ou velho, a partir desse momento, o Eu, que é a presença e o poder de Deus, se superpõe e começa a manifestar as suas condições no corpo. 

Quando começamos a descobrir que o nosso corpo é o templo de Deus e o colocamos à disposição de Deus para que o use como quiser, então o corpo se torna um instrumento de Deus, para o Eu REAL do nosso ser.






domingo, 27 de setembro de 2015

GLORIFIQUE A VERDADE SUBJACENTE ÀS APARÊNCIAS








Quem entrar em um hospital, verá todo o cenário armado pela “mente carnal” para coletivamente iludi-lo com ele. 

Caso ele seja um dedicado metafísico, o cenário não o influenciará. Por quê? 

Por causa do seu conhecimento de que TODOS OS CENÁRIOS, supostamente “vistos” pelos sentidos humanos, são ILUSÃO! 

Enquanto Moisés não se percebeu trocando este referencial humano pelo real eterno, o Monte Sinai lhe parecia material; porém, ao ser “chamado a ver pela Consciência Iluminada”, o mesmo local se revelou como de fato sempre estivera sendo: um solo santo!





As postagens que expõem os Princípios Absolutos objetivam habituar as pessoas a assumir esta Visão Espiritual, fazendo-a prevalecer diante da “visão humana”. 

Não há verdade alguma no “testemunho” dos sentidos humanos! Unicamente o Sentido Espiritual é capaz de captar a Realidade perfeita, deixando de lado completamente as “mentiras” do cenário de “aparências”.

O emprego desta Visão Espiritual precisa ser treinado! Não para “mudarmos aparências”, mas para GLORIFICARMOS A VERDADE!

Seja qual for a situação de “imperfeição”, ou de “desarmonia”, o que deve ser notado é o seguinte: A VERDADE NOS PEDE PARA SER GLORIFICADA!

Esse tipo de atitude deve ser radical, razão pela qual a TOTALIDADE E UNICIDADE DE DEUS precisam ser treinadas e entendidas como PERMANENTES!

Para os sentidos humanos, o Reino de Deus está em “algum lugar”; para o Sentido Espiritual, somente existe o Reino de Deus, o que nos leva ao natural reconhecimento: AQUI ONDE ESTOU, EU E TODOS ESTAMOS NO REINO DE DEUS, EM SOLO SAGRADO, EXPRESSANDO A PERFEIÇÃO IMUTÁVEL DE DEUS!

Esta “percepção” nos saltará sem esforço, se nos habituarmos com ela! E é dessa forma que “os cenários da ilusão” perdem sua “força hipnótica” de nos sugestionar! 

Desse modo, esteja você passeando pelas ruas, ou visitando alguém numa UTI, para VOCÊ, A VERDADE ESTARÁ SENDO GLORIFICADA! O SOLO EM QUE PISA SERÁ ENTENDIDO COMO SAGRADO, E O SER QUE VOCÊ É, E QUE TODOS SÃO, SERÃO ENTENDIDOS COMO O CRISTO ETERNO!

O Paraíso, visto por todos os chamados Mestres, está aqui mesmo! Não há sentido algum em endossarmos QUADROS DA ILUSÃO! 

Sem a iluminação, Moisés poderia passar pela sarça milhares de vezes, sem percebê-la estando “ardente”, como a viu com a Visão Espiritual! 



Da mesma forma, andamos pelo Universo de Luz, ao lado de seres eternos e iluminados, mas esta Verdade somente será percebida através da Visão Iluminada! 

O mundo, tal como visto pelos sentidos humanos, é realmente “um mundo do pai da mentira”! Uma ILUSÃO!

GLORIFIQUE A VERDADE SUBJACENTE A ELE! 




sábado, 26 de setembro de 2015

NÃO TEMO MAL ALGUM














Diante da Onipresença, mal algum pode ser considerado como realidade. 

Os meios de comunicação fazem questão de nos bombardear com notícias negativas, sobre catástrofes, carências, e problemas de todo tipo; quem poderia viver sem se deixar levar por tais sugestões? Somente quem realmente se dedicar ao reconhecimento da Onipresença divina!


"Não temo mal algum, porque Deus está comigo", diz o Salmo 23:4. 

A maioria vive atemorizada por não conhecer a Verdade! 

"Conhecimento" não significa "fé cega", mas um discernimento absoluto! DEUS É TUDO! 

Que deveria estar fazendo um Filho de Deus? Reconhecendo a totalidade de Deus, a Sua Onipresença perfeita, a sua própria INCLUSÃO neste Oceano de Luz Viva!

A Verdade precisa ser reconhecida! 

Não podemos "servir a dois senhores", como afirmou Cristo! Ou cremos na totalidade da perfeição divina, quando, então, passamos a viver na paz do Cristo, ou cremos nas aparências de todo tipo, que se alteram a todo instante, como areia movediça.

Para este livramento da ILUSÃO de acontecimentos malignos, precisamos levar a sério esta profunda recomendação de Jesus: "Não resistais ao maligno"! Qual o seu sentido? 
Jesus nos incita a não reconhecer este mundo de imagens mutáveis como real, para podermos nos firmar na Verdade de que DEUS É TUDO!

Solte já, de sua aceitação, agora mesmo, todos os supostos acontecimentos deste suposto mundo material! 

Medite e contemple com alegria a Verdade revelada de que "O MEU REINO NÃO É DESTE MUNDO!" 

Desse modo, reconhecendo unicamente a Onipresença do Bem, com naturalidade estará entendendo a citação do Salmo 23:4: 

"Deus está COMIGO" porque DEUS é TUDO; 

"Não temo mal algum", porque na Onipresença "mal" algum existe!

Esta é a Verdade a ser contemplada, reconhecida e vivenciada!






                     GRATIDÃO AO MEU AMIGO DÁRCIO

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

DÊ TESTEMUNHO DA VERDADE..











Não saia pelo mundo para "ver como ele está"; 

Não olhe para seu corpo para "ver como ele está"; 

Não olhe para seus negócios para "ver como eles estão". 

Isto seria um ímã para "aparências" iludi-lo!


DEUS É TUDO! Seu papel é "dar testemunho da Verdade", e jamais "ver como a ilusão está"

Desse modo, saia pelo mundo "testemunhando" estar em "solo santo", vendo seu corpo como "Templo de Deus", contemplando "seus negócios" como integrantes da Oniação divina! 

Em outras palavras, não espere do mundo informação nenhuma! Ele não lhe dirá a Verdade jamais! Emita, você, antecipadamente, a opinião iluminada sobre ele, sem se deixar iludir pelas imagens tridimensionais, e sim vendo, "através" delas, a IMUTÁVEL perfeição absoluta!


Jesus disse: "Vim ao mundo a fim de dar testemunho da verdade" (João, 18: 37). 

Explicava a função do Cristo, nele, em VOCÊ, e em todos! Se há a revelação de que "Cristo é tudo em todos" (Col. 3: 11), é para ser entendido que "estamos no mundo a fim de dar testemunho da verdade". 

E este testemunho não é discordar das "aparências" para tentar ansiosamente mudá-las para melhor; antes, é dar "testemunho da verdade" já presente "no lugar das aparências", assim como diante dos trilhos de trem, com "aparência" de se juntarem ao longe, você internamente daria o "testemunho da verdade": os trilhos estão paralelos!




                     Gratidão ao Meu Amigo Dárcio




quinta-feira, 24 de setembro de 2015

O TESTEMUNHO DE DEUS SOBRE NÓS
















“A minha alma tem observado os teus testemunhos” 



Salmo 119:167





Lendo este trecho, aparentemente simples, comecei a pensar em seu significado mais profundo. 

A palavra “alma” pode ser entendida como “senso espiritual”, ou a capacidade que Deus nos deu de perceber os fatos espirituais. 
E “os teus testemunhos” não são os testemunhos que os sentidos materiais dão. 

Pelo contrário, o salmista está falando diretamente com Deus. Portanto, “os Teus testemunhos” são os testemunhos que Deus nos dá.

“Meu senso espiritual tem observado os testemunhos que Deus me dá”.

Qual é o testemunho que Deus dá?

Os sentidos materiais nos empurram seu testemunho, dizendo que o homem é material, doente, pecador, mortal. Ora, será que devemos acreditar neste falso testemunho?

Claro que não. Por quê? 
Porque o senso material não sabe nada sobre o homem verdadeiro.

Quem criou o homem? 
Foi Deus. Portanto quem sabe a verdade sobre o homem? Somente Deus. Nosso Pai-Mãe Deus, que nos criou e nos preserva, só Ele pode saber a verdade a nosso respeito. Só Deus pode dar testemunho correto a nosso respeito, pois só Ele nos conhece de verdade. E através de nosso senso espiritual é que podemos captar e perceber o testemunho que Deus dá.

Afinal, qual é o testemunho que Deus dá a nosso respeito?

Deus testifica que somos espirituais, saudáveis, santos, imortais. 

Somos íntegros e honestos, pois refletimos a Verdade. 

Somos inteligentes e sábios pois manifestamos a Mente. 

Somos espontâneos e animados, como reflexo da Alma. 

Somos organizados, ordeiros e corretos como reflexo do Princípio. 

Expressamos vitalidade e energia, pois somos o reflexo da Vida. 

Somos desprovidos de medo e de carência, 

somos supridos de tudo o que precisamos, 

somos corajosos, carinhosos e amorosos, pois 

somos infinitamente amados pelo Amor e refletimos o Amor. 

Somos perfeitos, pois somos a imagem e semelhança de Deus.

Esse é o verdadeiro testemunho, o testemunho que Deus dá a nosso respeito. 

Portanto vamos estar sempre atentos e usar o nosso senso espiritual para observar e prestar atenção ao testemunho que Deus dá a respeito de cada um de nós. 

Esse testemunho é sempre maravilhoso e tem poder para destruir as crenças errôneas e trazer cura, regeneração e renovação ao nosso pensamento e à nossa vida.



FLÁVIO COLOMBINI



quarta-feira, 23 de setembro de 2015

ASSENTADOS NO SILÊNCIO PARA PERCEBER O FLUIR DA GRAÇA ...




Você poderá jogar fora todas as preocupações e nunca mais ser uma noite insone, se puder ter a convicção de que não há nenhuma coisa boa ou má em si mesma. 

Nesse estado de consciência não haverá nada para preocupá-lo ou para mantê-lo acordado, nem nada de que se regozijar. 

É verdade que vivendo desse modo perderá algumas das emoções e excitações da vida humana. Isso não significa, contudo, que não deva continuar a se regozijar com as flores ou com a música e com tudo o que há de belo no mundo. A única diferença é que você não se tornará excessivamente exaltado com isso. Você será mais que recompensado por essa perda de excitação pela perda das preocupações que experimentará. 

Terá então percebido não haver qualidades boas ou más em pessoal ou em coisas; e, se você não lhes emprestar tais qualidades, essas não existirão. 

Qualquer que seja a aparência, será apenas algum tipo de forma, nada a não ser um vazio à sua frente, até que você decida em sua própria mente que tal coisa é bonita ou feia, que tal pessoa é boa ou má, ou que o seu cachorro é fiel e que o cachorro do vizinho é uma peste. 

Pelo fato de nossas mentes - PENSAMENTOS terem se imbuído da ignorância típica das crenças humanas, preenchidas de condicionamentos educacionais e ambientais, conhecimentos psicológicos e médicos, nós não vemos as pessoas e as coisas como elas são. 

Nós as vemos como elas parecem ser, julgamos pelas aparências, e sofrendo desse modo as conseqüências de tais julgamentos. 

O meio de livrar nossa mente da ignorância da superstição e do medo é voltar para o Éden, onde não há o conhecimento do bem e do mal, onde perde-se a preocupação sobre estarmos nus ou vestidos, ou seja, a preocupação de sermos pobres ou ricos no momento, de termos virtudes ou falhas humanas ou de sermos felizes ou infelizes.

Comecemos a partir deste momento particular, e deixemos nosso desenvolvimento espiritual com a compreensão de que, se Deus é o princípio deste universo, ele é perfeito. 

Uma estrela é uma estrela. Uma rosa é uma rosa; um cão é um cão; e uma lua é uma lua; não nos permitamos chamá-las de bons ou maus – chamemo-os com os seus nomes: estrela, rosa, cão, lua. E acharemos a revelação divina de suas naturezas, seu lugar certo e funções que desempenham em nossas vidas. 

Tudo o que há no universo emanou de Deus, mas o homem se desdobrou em muitas invenções. O homem virou e distorceu a realidade espiritual da criação de Deus para fins destrutivos, e até a gloria do átomo tornou-se o horror da bomba atômica. O homem fez isso, não Deus – Deus deu-nos os princípios que nos capacitaram a voar pelo ar, mas o homem utilizou esses princípios como instrumentos de devastação; e, na medida de sua distorção mental das ideias de bem e de mal, as bênçãos da idéias vindas de Deus tornam-se o túmulo para milhões de pessoas.

Contudo, quando não há traços de bem ou intenções de mal em nossa mente, essa mente não condicionada- QUE É A NOSSA MENTE REAL E DIVINA torna-se um instrumento por meio do qual vertem esses princípios em toda a sua pureza, harmonia de perfeição. 

Na medida em que mantemos nossa mente livre de julgamentos, ela funciona sem preconceitos, e assim, quando os princípios da Vida vêm a se expressar, fazem-no como o fizeram por meio de Einstein, como uma pura lei. 

De modo semelhante, quando o Espírito permeia a mente dos praticantes com coração de criança, estes assentam em silêncio, sem julgamentos – sem tentar se livrar de uma doença, não tentando superar o pecado e não tentando destruir o medo, mas apenas sentando no vazio da Graça de Deus. A verdade os atravessa em sua pureza, e o paciente diz: “sinto-me melhor” ou “eu fui curado”.

O que a humanidade criou e perpetua foi o par de opostos – a crença de que as flores são boas e a erva daninha é má, de que o pintarroxo é bom e os insetos na roseira são maus. 

Se, contudo, não nos iludirmos sobre a aparência tanto boa como má, que não passa de um velho clichê metafísico, não julgando mal, mas reconhecendo que tudo o que existe é pura Alma se expressando de modos infinitos, quem sabe até os insetos da roseira achem o seu lugar correto, onde possam ter uma função não destrutiva. Mesmo as chamadas pessoas más do mundo começam a servir a bons propósitos – induzidas ou espontaneamente.

Aproxima-se um tempo em que o mal não mais achará como se manifestar em pessoas, pensamentos ou coisas.

Ele será empurrado para fora da terra, pois esta será tão cheia do conhecimento do princípio de um só poder, que o mal não terá nenhum canal de expressão. Será podado tão rapidamente quanto mostrar sua cabeça, por esse poder invisível que permeia a Consciência.






terça-feira, 22 de setembro de 2015

NÃO COMETA O ERRO DE TEMER OU VENERAR QUALQUER FORMA DE APARÊNCIA MATERIAL OU PENSAMENTOS HUMANOS





A aquisição de dinheiro é geralmente considerada como algo bom e desejável e a dependência do álcool é considerada um mal,  desse modo, o alcoolismo poder ser encarado sob muitos aspectos como um problema de suprimento. 



Quando alguém começa a descobrir que o álcool tem um poder que não é bom nem ruim, perde todo o gosto por ele. E isso é também verdadeiro para a gula e para o tabagismo. 


De fato, muitas pessoas gostariam de concordar que tais coisas não têm poder maléfico, mas concordarão pacificamente que tais coisas têm poder de nos trazer prazer ou satisfação.

Enquanto alguém lhes conferir algum poder, tanto para o bem como para o mal, será mantido em suas garras. 

Muitos alcoólatras tem sido curados pela compreensão de que não há poder maligno no álcool, mas tenho tido sucesso maior em lidar com esse problema específico pelo conhecimento de que não há poder benigno no álcool.

Diversos anos atrás, um caso muito interessante foi-me trazido por uma mulher que dizia, em grandes prantos e em seu virtuoso horror, que o marido havia chegado ao ponto de se recusar a trabalhar, que ela tinha de suportá-lo e que ele ficava deitado na cama o dia todo a não ser no dia em que ela recebia o pagamento, quando então levantava e saia para comprar o suprimento semanal de uísque, usando para isso o seu suado dinheiro. 

A situação já era mais do que ela pudesse levar adiante; mas ela se interessava por cura espiritual e queria saber o que eu poderia fazer, espiritualmente, por isso.

Foi pura inspiração que me levou a dizer: “Sabe de uma coisa? Estou achando que seu marido não é alcoólatra – você é que é alcoólatra”. Bem, você parece estar mais amedrontada com o álcool do que o seu marido"


Ela me olhou com ar de quem nada compreendeu e disse: “Bem, talvez eu esteja. Vejo diariamente o que isso faz. Meu marido não acha isso terrível, ele gosta disso”. 

Aí está uma diferença de opiniões. "Você acredita de fato que o álcool seja ruim, não é?” 
“Certamente que sim.” 

“E, no entanto, toda a base do nosso trabalho consiste exatamente no fato de não haver nem bem nem mal.” E agora, que vamos fazer com isso?” 

“Posso expor tudo isso para você do seguinte modo: suponha que seu marido queira usar o seu dinheiro para comprar refrigerante; você teria objeções?” “Não, - eu iria para o trabalho contente e ele poderia ter todo o refrigerante que quisesse.”

“Logo, o refrigerante é bom e o álcool é ruim". Novamente uma aparência, e nós estamos de volta a Adão e Eva. 

Agora vejamos quem está enganado nisso tudo, seu marido ou você. Seu marido acha que o álcool é bom e você acha que é ruim; você está num impasse, suponho, e vai passar um tempo sem poder ver o que eu vejo, que é que de fato o refrigerante não é bom nem o uísque é mau, ou seja, não há neles qualquer poder, já que todo o poder está em Deus. 

Esta é a minha visão – Deus é o todo-poderoso e infinito, e junto de Deus não há poder de bem ou de mal.” 

“Aonde isso me leva? Que devo eu fazer? disse ela .

“Suponhamos que concorde em que, na próxima semana, o seu marido tenha todo o uísque que quiser, uma vez que sabemos agora não haver no uísque o poder do mal, e assim não teremos de nos preocupar com o que ele fará com o uísque. Vá logo para casa e diga-lhe que você cometeu um sério erro, e que não acha o uísque tão terrível apesar de tudo, e que a partir de agora ele poderá tê-lo o quanto quiser.” 

Isso pareceu ter ido longe demais. Ela ficou chocada e assim saiu e sentou na outra sala por um tempo; por fim decidiu que, já que nada havia resolvido até então, ela tentaria isso como experiência. 

Quando entrou novamente no meu escritório disse: “Bem, disse jeito não irei a parte alguma; não posso fazer com que fique pior do que está, e assim eu o farei – mas é uma coisa difícil que está me pedindo”.

“Tente e verá.” Ela voltou para casa, esperou o momento oportuno, e, quando o marido quis a mencionada bebida, disse: “Oh, sim, certamente, aqui está”. 

Ele a olhou surpreso, mas não fez nenhum comentário até uns poucos dias depois, quando foi se queixar com ela: "Você sabe, não é bebendo que sacia. Estão fazendo de novo o uísque do tempo da guerra, e não há nele vigor, não tem efeito, não tem poder para saciar".

E foi como se livrou, por fim. Ele não podia mais beber, pois não mais lhe proporcionava a satisfação de antes.

Pela minha observação, acredito que a maioria dos alcoólatras sofra desse mal não tanto por achar a sua auto-indulgência seja um mal, mas porque pensam que disso derive algum bem, isto é, algum prazer.

Com a descoberta de que o álcool não é bom, desaparece o gosto por ele. 

Observe isso com cuidado. Não cometa o erro metafísico de declarar que o álcool não é um poder, embora acreditando que o bem o seja. 

Seja sagaz e, reconhecer que não há poder fora de Deus. 

Não cometa o erro de temer ou venerar qualquer criatura, quer em forma física -material, quer em forma de pensamento. Não a tema nem a glorifique. 

Glorifique o Criador de todas as formas; e, quando o fizer, você não terá o poder do bem ou do mal, mas terá apenas o poder de Deus. E, por um breve instante, estará de volta ao Éden, onde não há nenhum problema, onde não há nenhuma força ou poder agindo sobre você, positiva ou negativamente; onde está apenas suspenso numa atmosfera de paz.