As implicações dessa afirmação profunda nunca foram totalmente compreendidas.
O mundo, em sua quase totalidade, não sabe disso, embora tenha sido conhecido pelos metafísicos de todas as escolas.
Quando porém uma entidade isolada e separada da mente única, chamada de mente mortal ou humana, foi introduzida nas práticas atuais, sempre foi aceita e introduzida como um poder.
De fato existe apenas uma mente, e essa mente é incondicionada; não tem qualidades como bem e mal, mas o que existe é um estado de ser, nem bom nem mau.
Na realidade não pode haver uma mente inteligente e uma ignorante, nem pode uma mente incondicionada ser saudável ou doente.
Ainda mais, a mente formada a si mesma como corpo, é incondicionada; e assim o corpo não é bom ou doente, alto ou baixo, magro ou gordo. O corpo é tão incondicionado quanto a mente, que é a essência da sua forma.
Mente e corpo, quando incondicionados, são um estado de ser absoluto e de perfeição, até que a crença do bem e do mal seja aceita no pensamento.
A experiência humana seria, na realidade, a mente perfeita; a sua e a minha mente a se manifestar como corpo e ser perfeitos; mas o que ocorre é que é humanamente influenciada pelo conhecimento do bem e do mal. Essa crença em dois poderes é a essência do que é chamado de mente carnal.
Para voltar à casa do Pai, voltar a ser mais uma vez o filho de Deus, é necessário que cada um de nós – individualmente, pois ninguém pode fazê-lo por nós – se desfaça da crença do bem e do mal como uma atividade de nossa consciência.
A mente forma suas próprias condições de matéria, corpo e forma. A mente não cria: a mente forma.
A criação já é completa – espiritual, eterna e perfeita -, mas a mente humana, dependendo dos condicionamentos, forma e interpreta nossa experiência humana neste plano.
Se a nossa mente for completamente livre dos julgamentos sobre bem e mal, o Espírito formará sua própria imagem e semelhança por meio de uma mente feliz, harmoniosa e de um viver bem-sucedido.
Se a mente for condicionada por juízos de bem e de mal, não será clara, transparente, e, na medida do seu condicionamento, proporcionará experiências de bem e de mal para a nossa vida.
A mente, quando livre de teorias, superstições, crenças e falsos conceitos, governa a forma material harmoniosa e eternamente.
Se não tivermos falsos conceitos sobre o que quer que seja neste mundo, isto é, julgamento das coisas como boas ou más, logo descobriremos que nossa mente traz para nós todas as formas, maravilhosas em sua complexidade, beleza e abundância.
Só na medida em que abandonarmos o julgamento de bem e mal, doente ou sadio, a mente nos apresentará tais formas para nossa aceitação.
Quando a mente recebe a luz da sabedoria espiritual, as aparências se aproximam da forma pura da mente.
Quando a Alma governa a forma e a atividade espiritual da mente, livre da hipnose, ou seja, da crença no bem e no mal, esta recebe a plena luz da Alma.
A mente, imbuída da verdade espiritual, á a lei da renovação, da regeneração, da restauração e da ressurreição. A sua e a minha mentes, imbuídas da Verdade, são a mente daqueles que vêm até nós e daqueles que são aceitos pela nossa consciência. Nossas mentes, impregnadas de Verdade, são a Mente do Ser individual.
Todo aquele que tenha sempre sido instrumento de cura espiritual sabe que isso é verdade, e que sua mente individual, quando imbuída de Verdade, torna-se a lei da renovação, da regeneração ou reforma, expressa como cura física, mental, moral ou financeira dos que de nós se aproximam.
Quando as pessoas atribuladas nos trazem seus problemas, se formos capazes de ver a pessoa ou condição como não sendo boa ou má, doente ou sadia, rica ou pobre, isto é, vê-la sem julgamento – não mais teremos a mente carnal, mas estaremos na plena posse da mente que estava em Jesus Cristo. Uma mente que reconhece apenas um Poder, uma mente incondicionada que dissipa a ilusão dos sentidos.
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