Este suposto mundo visível desconhece a Realidade.
Um erro comum, cometido por sinceros estudantes da Verdade, costuma ser o seguinte: querer alterar o mundo das aparências através do conhecimento da Verdade.
Eis por que é de importância capital a percepção da existência única da Realidade.
Vivemos num Universo espiritual, e não há nenhum outro mundo além deste.
O Evangelho de Lucas registra a passagem da cura de dez leprosos.
“E um deles, vendo que estava são, voltou glorificando a Deus em alta voz, e caiu aos seus pés, com o rosto em terra, dando-lhe graças; e este era samaritano.
E, respondendo Jesus, disse:
Não foram dez os limpos? E onde estão os nove? Não houve quem voltasse para dar glória a Deus senão este estrangeiro?
E disse-lhe:
Levanta-te, e vai; a tua fé te salvou.”
(Lc. 17: 15-19).
“E um deles, vendo que estava são, voltou glorificando a Deus em alta voz, e caiu aos seus pés, com o rosto em terra, dando-lhe graças; e este era samaritano.
E, respondendo Jesus, disse:
Não foram dez os limpos? E onde estão os nove? Não houve quem voltasse para dar glória a Deus senão este estrangeiro?
E disse-lhe:
Levanta-te, e vai; a tua fé te salvou.”
(Lc. 17: 15-19).
Em Hebreus, 11:1, encontramos:
“Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não veem.”
“Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não veem.”
A Consciência divina, por somente contemplar a Realidade Perfeita, dispensa todo tipo de fé.
Os dez leprosos foram curados. Se apenas um foi salvo pela fé, e os outros nove?
Como se curaram?
A fé é dualista:
admite a Realidade e a aparência.
A fé produz mudança de aparência, e pode não revelar a Realidade divina subjacente à crença.
O samaritano voltou para dar glória a Deus.
Isto significa que ele, apesar de curado, se via como um ser apartado de Deus.
Sua gratidão era por ter visto a aparência de doença ceder lugar à aparência de corpo limpo!
Sua gratidão era por ter visto a aparência de doença ceder lugar à aparência de corpo limpo!
Teria ele discernido o próprio Corpo divino e imutável, que jamais esteve doente e que, em vista disso, jamais poderia ser curado?
“E onde estão os nove?”
Quando aparentemente nos solicitam ajuda, não devemos aceitar a existência de um ser humano necessitado.
Quando aparentemente nos solicitam ajuda, não devemos aceitar a existência de um ser humano necessitado.
Todos os supostos solicitantes de ajuda estão em nossa Consciência iluminada.
Não é preciso que eles retornem para glorificar a Deus, já que todos são a própria individuação de Deus.
Apenas um estrangeiro - uma ilusão - poderia aceitar a ilusão de ter sido doente um dia e, posteriormente, curado.
Para a Mente do Cristo, “os nove” somente poderiam estar em Sua própria Consciência iluminada, integrando
ETERNAMENTE a Onipresença e a Perfeição divinas.
Se percebermos que nossa Consciência única é iluminada, e que Ela abrange o Infinito, jamais aguardaremos informação sobre “resultados” de nossas supostas meditações de ajuda.
Deus é Tudo; não existe o mundo das aparências com seus problemáticos “habitantes”.
Onde estão, na verdade, estes seres?
Em nossa Consciência Crística, na Perfeição Absoluta, aqui e agora!
Esta passagem mostra que não devemos criticar aqueles que se sentem agradecidos pela ocorrência do que, para eles, seria um milagre.
“Levanta-te, e vai; a tua fé te salvou.”
“Levanta-te, e vai; a tua fé te salvou.”
Esta frase, como dissemos, revela que a pessoa somente pôde observar a mudança de aparência, pela fé, sem que houvesse a percepção de sua verdadeira Identidade (Deus).
Obviamente, aos olhos do mundo, a gratidão sempre é incomparavelmente mais apreciada e aceita do que ingratidão ou indiferença, diante dos “milagres” ou “graças recebidas”.
Entretanto, o mundo visível (com suas supostas mudanças de aparências) é NADA!
Esta é a percepção que exclui a gratidão; esta é a percepção que, em si, já é a GLÓRIA DE DEUS; E, ESTA É A PERCEPÇÃO DE “ONDE ESTÃO OS NOVE”
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