O primeiro passo é feito pelo conhecimento do fato de não haver bem ou mal no corpo, de que o corpo como tal não tem qualidades por si mesmo: ele apenas expressa aquilo que lhe é imposto.
Essa inversão, ou mudança de atitude em relação ao corpo e às condições que lhe são impostas, começa com a seguinte descoberta consciente: “Não há bem ou mal no meu corpo, não há nele velhice ou juventude, vigor ou fraqueza. Meu corpo é apenas um instrumento do Eu, o Deus em mim, que é o Principio criador e conservador do meu ser”.
Essa inversão, ou mudança de atitude em relação ao corpo e às condições que lhe são impostas, começa com a seguinte descoberta consciente: “Não há bem ou mal no meu corpo, não há nele velhice ou juventude, vigor ou fraqueza. Meu corpo é apenas um instrumento do Eu, o Deus em mim, que é o Principio criador e conservador do meu ser”.
Pense por alguns instantes no problema vital que incomoda você – seu mesmo, de seus filhos ou de seus netos. Assim que tiver pensado nele, pergunte a si mesmo: “Tais condições são boas ou más? Quem disse isto? Quem decretou que são boas ou más?” E pergunte-se então: “Teria Deus criado o mal?” Creio que saberá melhor perguntado do que afirmando.
Se Deus criou a eternidade e a imortalidade, se não há n’Ele “mancha ou mentira”, certamente não foi Ele quem criou o mal. Mas, se Deus não criou o mal, quem o criou? Alguém, ou você mesmo, teria concebido a crença no bem ou no mal? De onde ela veio?
Você pode não saber as repostas para tais perguntas agora, mas, se você trabalhar com o princípio que é o tema destas mensagens, a resposta para isso, assim como para muitas outras perguntas, lhe será revelada. Neste momento, contudo, por que não aceitar a premissa de que não há, na realidade, nem bem nem mal?
Você pode não saber as repostas para tais perguntas agora, mas, se você trabalhar com o princípio que é o tema destas mensagens, a resposta para isso, assim como para muitas outras perguntas, lhe será revelada. Neste momento, contudo, por que não aceitar a premissa de que não há, na realidade, nem bem nem mal?
Quando você atingir o ponto de onde se pode compreender que toda condição humana, de qualquer nome ou natureza, existe apenas como “uma crença dentro da mente humana”, crença essa que resultou na expulsão do homem do Jardim do Éden, e quando no mais profundo do seu coração ficar convencido de que, por ser Deus infinito, não há n’Ele pares de opostos, poderá afirmar com o Mestre:
“Eu venci o mundo”. E estará de volta ao Reino dos Céus, onde ninguém sabe o que é saúde, pois não sabe o que é doença, lá são se conhece dor e portanto ninguém sabe o que é a não-dor; ninguém conhece riqueza ou pobreza; e, se alguém não sabe o que é alguma coisa, como pode conhecer seu oposto? Não há nada com que se possa fazer comparações: apenas há Deus, só o Ser espiritual, a perfeição".
“Eu venci o mundo”. E estará de volta ao Reino dos Céus, onde ninguém sabe o que é saúde, pois não sabe o que é doença, lá são se conhece dor e portanto ninguém sabe o que é a não-dor; ninguém conhece riqueza ou pobreza; e, se alguém não sabe o que é alguma coisa, como pode conhecer seu oposto? Não há nada com que se possa fazer comparações: apenas há Deus, só o Ser espiritual, a perfeição".
Quando abordamos um trabalho de cura, não devemos ter na mente a ideia de um mal a ser removido ou superado: contudo, por ainda nos reconhecermos como humanos, ou seja, como seres carnais, reconheceremos que o que está à nossa frente é a aparência do mal em forma de pecado, doença, morte, perda ou limitações e enquanto nos defrontarmos com essas aparências não poderemos ser radicais e, como uma ostra, ignorá-las repetindo sempre: “Deus é tudo, não há erros”. Isso é loucura, e não é pratico.
Nós não devemos fazer isso; devemos deixar que Deus diga isso para nós; e quando ouvirmos a “pequena voz silenciosa”, ou percebermos que se agita dentro de nós, saberemos com certeza que qualquer aparência de pecado, doença, morte, perda ou limitações à nossa frente desvanecerá. Não pense porém que você, humanamente, possa ser alguém dia tão sábio para realizar isso.
Por sabermos as palavras e podermos dizer silenciosa ou audivelmente “não há nem bem nem mal”, não pense que tal repetição vá fazer milagres na sua vida, pois não os fará.
Você tem de vivenciar essa verdade até que transborde de você; tem de prová-la mais e mais dentro de você mesmo. E, mais ainda, não esqueça que se for tentado a dizer isso para quem quer que seja, antes que se torne tão evidente, transbordante, como se o mundo visse isso em você, perderá o que recebeu, e, o que é pior, poderá perder até a possibilidade de demonstrar isso neste momento.
Ninguém pode desperdiçar a palavra de Deus, ninguém pode dela se gabar, jogar com ela e pensar que possa conservá-la consigo.
Você apenas pode provar esse princípio na medida em que o abraçar fortemente dentro de você, mantendo-o sagrado, mantendo-o secreto, mas usando-o. Use-o a qualquer hora, com qualquer parcela de erro com que se deparar, nos jornais, no rádio, na sua família, na rua. Em qualquer momento e lugar em que se defrontar com o erro, volte-se para dentro e pergunte-se: “Poderá isso me fazer acreditar no bem e no mal? Poderá fazer-me aceitar dois poderes?”
Se puder fazer isso, abster-se de aceitar ou julgar pela aparências, não será tentado a sanar alguma coisa ou alguém, mas ficará dentro de si mesmo e fará o julgamento correto, estando dentro do Jardim do Éden, que representa o seu domínio espiritual, o seu estado de harmonia divina.
O reto julgar saber que “no princípio era Deus. Deus criou tudo o que foi feito; e Deus olhou para aquilo que tinha feito e achou muito bom”.
Será você capaz de ser fiel a essa verdade? Se as feias aparências mostram sua cabeça, será capaz de superar a tentação de ser por elas enganado?
Será você capaz de declarar e saber dentro de você mesmo: “Eu aceito somente Deus como a verdadeira substância de toda a Vida. Não posso ser induzido a aceitar bem e mal, pois há só Espírito, há apenas uma Vida”?
A cura espiritual não pode acontecer no plano humano. Ela só pode acontecer quando você parar de pensar nas pessoas, nas doenças, nas condições, nas crenças e nas pretensões e tiver voltado para o Éden, onde só há Deus, o Espírito, a Totalidade e Perfeição.
Ninguém pode mesmo ser um curador espiritual, que trabalhe a partir dos efeitos-aparências ou que ore a partir da tentativa de corrigir algo do mundo de Adão, pois, se isso viesse a ocorrer, ele só teria trocado um sonho desagradável por outro sonho agradável. Se conseguisse melhorar o quadro humano, teria só uma materialidade ao invés de uma materialidade ruim. Não estaria por isso mais próximo do reino de Deus.
Certa vez estava eu sentado numa sala com uma pessoa que estava, em todos os sentidos, muito próxima da morte, e sentia o mesmo desconforto que qualquer um sentiria em tais circunstâncias; percebera eu que não havia nada que pudesse fazer para evitar o passamento. Eu não tinha dons ou palavras milagrosas que pudessem impedir o que parecia inevitável. Teria de vir algo das profundezas internas, ou iríamos ter um funeral.
Tudo o que pude fazer foi me voltar para dentro, para a “pequena voz silenciosa” de esperar, esperar, e por vezes suplicar e pedir. Finalmente veio algo, e as palavras foram estas: “Este é o meu filho bem-amado, no qual me comprazi”.
Ninguém teria acreditado nisso se o tivesse visto. Aí estava a doença em sua forma terminal; aí estava uma pessoa morrendo e, apesar das aparências, a Voz disse: “Este é o meu filho bem-amado no qual me comprazi”.
Após ter recebido tais palavras, não demorou muito para que se tornassem um fato real em demonstração; e a saúde, a harmonia e a totalidade foram restabelecidas.
Noutra ocasião fui chamado ao lado do meu próprio pai, que jazia numa tenda de oxigênio e, de acordo com os médicos atendentes, estava em seu leito de morte. Eu fiquei ali, sem palavras ou discernimento que pudessem mudar essa aparência para a saúde; e ali fiquei eu, como ficaria qualquer um diante do próprio pai em tal situação – mas com uma diferença: eu sabia que, se Deus fizesse ouvir sua voz, a terra se derreteria. Estando eu ali a observar meu pai que respirava pelo aparelho, me vieram as palavras: “Nem só da respiração vive o homem”. Em menos de cinco minutos ele faz sinal para a enfermeira para que retirasse o aparelho, e dois dias depois estava fora do hospital.
Quem decretou que essa condição era ruim? Deus não foi; Ele só disse “nem só da respiração vive o homem”, o que dissipou a crença de que o homem vive do alento, e provou que vive pela vontade de Deus.
Você pode ter dificuldade apenas enquanto retiver a crença em dois poderes. Estará porém livre tão logo comece a olhar para qualquer condição tendo em mente o seguinte:
“Quem te disse que estás nu?
Quem te disse que isso é pecado?
Quem te disse que és mau?
Quem te disse que isso é doença?
Quem te disse que isso é perigoso?
De onde veio?
Teria Deus dito isso para alguém?”
“Quem te disse que estás nu?
Quem te disse que isso é pecado?
Quem te disse que és mau?
Quem te disse que isso é doença?
Quem te disse que isso é perigoso?
De onde veio?
Teria Deus dito isso para alguém?”
No momento exato em que perceber que sua função como curador espiritual não é remover ou sanar doenças, ou acreditar que Deus assim o faça, ou que haja algumas fórmulas ou afirmações que possam remover doenças, mas sim que a sua função está em saber a verdade de que toda criação mortal é construída sobre a crença do bem e do mal, você não saberá então nem de saúde nem de doença, de pobreza ou de riqueza, mas apenas de um contínuo transbordamento de harmonia espiritual – o Jardim do Éden.
Você nunca será um curador espiritual enquanto acreditar que havia dois poderes – o poder de Deus e o poder do pecado, da doença, ou então que haja poder na astrologia ou nas dietas.
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