Sob várias formas, a literatura espiritual de todos os tempos veio abordando a Existência com seu lado “luz” e seu lado “trevas”.
A Bíblia diz: “Deus é Luz, e não há nele trevas nenhumas.
Se dissermos que temos comunhão com ele, e andarmos em trevas, mentimos, e não praticamos a verdade. Mas se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado” (I João, 1: 5-7).
Deus, sendo Tudo, é Luz onipresente.
Quando o homem se identifica com a Luz, faz sua identificação com a Verdade: e, então, desperto, descobre que se parecia “andar em trevas”, estava “pecando”, isto é, vivendo uma mentira.
Apesar de vários ensinamentos religiosos dizerem que o homem, vivendo em seu conceito material de vida, é “purificado de seus pecados”, tal colocação é falsa! Jamais o homem natural se purifica ou é perdoado! Além disso, jamais ele constitui o Ser de alguém! Misturar luz e trevas não é explicar a Verdade!
A Luz é onipresente; logo, se alguém se achar vivendo “em trevas”, é óbvio que este pensamento não é de Deus, e sim da “mente carnal”, chamada de “a inimizade contra Deus”.
Desse modo, “viver na ilusão” significa “viver no pecado”, ou “em trevas”.
Em outras palavras, traduz a pessoa ilusoriamente vivenciando “mundo material” ou o “mundo do pai da mentira”.
Quem se acha habitante “deste mundo VISTO COMO MATÉRIA” é aquele que “peca por ver trevas”, enquanto Deus, Luz infinita, é tudo!
Com suas revelações, não está João pretendendo inculcar-lhe a ideia de “ser pecador”; antes, explica que em Deus não há trevas e, se NELE você andar, estará “em comunhão com os outros e purificado de todo pecado”.
Portanto, “estar purificado” não significa ter “mente humana arrependida”, e sim “não ter mente humana nenhuma”, uma vez que “estar na Luz” significa “ser a Luz” e “ser a Luz” é estar em unidade com Deus, e estar com a Mente de Deus.
Jamais “mente humana” é purificada! Não é “mente verdadeira”, por ser “mente que vê trevas”, que “discerne ILUSÃO” e nunca a Realidade!
A suposta “mente que enxerga trevas”, ou que “capta ilusão”, não é mente verdadeira, e nunca poderia ser, uma vez que a Mente divina é única e onipresente.
Portanto, “mente em trevas”, ou “mente que peca”, na verdade é “ausência da Mente verdadeira”, isto é, não passa de um “estado hipnótico” que aparentemente passa a ideia de que há a possibilidade de haver “ausência da Luz” ou “ausência da “Mente divina” em alguma parte.
O estudo do Absoluto desmantela esta possibilidade pela raiz, revelando que DEUS – LUZ – É TUDO, E, COM ELE, SOMOS IMUTAVELMENTE UM.
Aceitar, reconhecer, considerar, contemplar e se identificar unicamente com esta UNIDADE PERFEITA ILUMINADA, significa admitir: “Eu Sou a Consciência Iluminada, Eu Sou a Luz do Mundo, Eu Sou a Verdade!”
Em resumo, o estudo é VOCÊ ENXERGAR A IMPOSSIBILIDADE DE HAVER AUSÊNCIA DE LUZ DIVINA, PELA ADMISSÃO DA VERDADE DE QUE DEUS, QUE É LUZ, É TUDO!
Por isso os textos afirmam que é ILUSÃO o que supostamente é visto como “nascimento, pecado, imperfeição e morte”. Se fossem realidades, seriam “trevas verdadeiras”, significariam “ausência real de Luz”, ou “ausência real de Deus”, e isto é total impossibilidade! E foi exatamente se baseando nesta Verdade que Jesus, dirigindo-se ao povo, disse categoricamente: “Vós SOIS a Luz do mundo”, “colocai no alto a VOSSA Luz!”.
*GRATIDÃO AO MEU AMIGO DÁRCIO
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