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sábado, 17 de agosto de 2024

A Verdade Subjacente Às Profissões

 



“Não sabíeis que devo cuidar dos negócios de meu Pai?”

Lucas 11: 49.



Enquanto identificados com o “mundo de aparências”, cada um se imagina dotado de uma vocação natural e profissional, e de enorme desejo de realização pessoal pelo seu desempenho em dedicação a ela. Isto perdura até que, em cada um, a verdadeira vocação comece a se anunciar e a falar mais alto; e então, assim como Jesus relegou a segundo plano sua ocupação como carpinteiro, cada um fará a mesmíssima coisa, esteja na atuação profissional que estiver, para, como ele, “tratar dos negócios do Pai”.

Este processo revela o “despertar espiritual” de cada ser, a “vinda do Cristo” nele próprio. A partir de então, as crenças do mundo, inclusive as religiosas, são deixadas de lado, e a Presença de Deus, em SI mesmo, passa a merecer atenção maior, a cada dia que passa.

Assim como alguém, ao tirar o pé de um lamaçal, sente ser puxado de volta e preso por ele, igualmente este “mundo de aparências” quererá prendê-lo a ele, com suas “crenças falsas”. Conseguirá? Não. 

A vida real está fora das aparências ou do lamaçal, e este “alguém” já estará ciente de que, para vivê-la, terá de se livrar dele, entendendo que, apesar de pegajoso, “este mundo” não tem poder real para retê-lo, detê-lo ou iludi-lo!

“Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida, a perderá, mas quem perder a vida por minha causa e pelo evangelho a salvará” (Mc 8: 34-35). 

A Verdade é que “não somos deste mundo”; assim, “negar-se a si mesmo”, como alguém nele nascido, constitui a própria “crucificação diária” reveladora do Cristo como nossa Vida eterna. Quer isto dizer que todos deixarão suas profissões para viverem reclusos? Não. Significa que o “cumprimento de objetivo espiritual” ocupará o ilusório objetivo anterior, de puras realizações humanas de natureza pessoal. Esta troca de interesses ocorrerá naturalmente, quando os “acontecimentos humanos” passam a ser vistos como “camuflagens” para que “os negócios do Pai” sejam cuidados! Seja a pessoa um profissional de qualquer área, sua atividade real, e assim por ele reconhecida, será a Oniação, invisível para a suposta ”mente humana”; assim, como “sombra”, a ação visível se mostrará incluindo o “efeito espiritual” na crença.

Certa vez, tendo de participar de uma Feira Industrial, quando me dirigia ao local, o meu carro falhou e eu tive de encostá-lo próximo à guia para decidir o que fazer. 

Olhando ao lado oposto da rua, vi que ali havia uma oficina. Chamando o mecânico, ele se aproximou e me disse que desse a partida. 

O carro voltou a funcionar normalmente. Mas antes, eu já havia feito aquilo e tentado sair com o carro, sem que o conseguisse! “Pode ir embora, não há nada de errado com o seu carro!”, disse-me ele. 

E eu lhe perguntei: “E com você, há algo de errado?” 

Ele me disse: “Bem, eu estou passando por uns probleminhas; por que me pergunta?” 

Respondi a ele: “Porque nada acontece por acaso”. O meu carro não havia parado ali por acaso! Deixei com ele alguns artigos sobre a Verdade, que sempre levo comigo, e fui embora.

Coisas desse tipo, já perdi a conta de quantas vezes aconteceram comigo! Mas, não é só comigo! Acontece com todos, mas a maioria não sabe disso! 

Não há bem nem mal nas aparências! “O pensar o torna assim”, disse Shakespeare. 

Se for entendido que a atividade real é a Oniação, o desdobramento das atividades visíveis não mais serão rotuladas de boas ou de mas! Serão entendidas como “sombra da Oniação” e, desse modo, em vez de as ficarmos rotulando segundo as crenças do mundo, ficaremos atentos ao SIGNIFICADO ESPIRITUAL embutido nelas! 

Esta é a metodologia de vivermos segundo o “agir pelo não agir”: nada acontece por acaso, e há, subjacente às aparências, o “cumprimento de objetivo espiritual”, que não foi e nem poderia ter sido gerado pela suposta mente humana.

É desta forma que “lidamos com as aparências” pelo “tomar de nossa cruz”, ou seja, não mais nos avaliamos como “humanos agindo”, mas sim como Filhos de Deus “cuidando dos negócios do Pai”; desse modo, o “nada acontece por acaso” será o substituto do “julgamento segundo as aparências”. 

Assim como a “carpintaria” deixou de ser o foco, para Jesus, a sua profissão deixará de ser o foco para VOCÊ! O FOCO SERÁ O ABSOLUTO: “DEUS SENDO VOCÊ”, e a sua “profissão” será meramente APARÊNCIA: a forma com que a suposta mente humana consegue “enxergar” a Realidade dos fatos, que, verdadeiramente, se dão acima do seu limitado entendimento.

CONTEMPLO EM MIM A VIDA ETERNA, QUE É O CRISTO SENDO O EU QUE EU SOU. 

CONTEMPLO MINHAS ATIVIDADES COMO ESPIRITUAIS E PERFEITAS! 

CONTEMPLO QUE “CUIDAR DOS NEGÓCIOS DE MEU PAI” SIGNIFICA ESTAR EM UNIDADE COM DEUS E AGINDO COMO DEUS. 

CONTEMPLO QUE ESTA UNIDADE É O FATO REAL E PERMANENTE: ”EU E O PAI SOMOS UM”.






*GRATIDÃO ETERNA AO MEU AMIGO DÁRCIO

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