Diante da crença coletiva fraudulenta de que “há algo além de Deus”, ou de que “somos seres que não Deus”, as Escrituras se viram obrigadas a fazer uso de um linguajar dualista, para que a Verdade fosse reconhecida em lugar da ILUSÃO. Entretanto, este próprio linguajar precisa ser entendido em seu real propósito, para que produza o efeito desejado de endossar a Verdade e nunca a falsidade.
Dando um exemplo, quando Jesus disse a Nicodemos que, para “entrar no Reino de Deus”, teria ele que “nascer de novo”, se a frase for apenas lida de modo solto, sem o contexto de toda a revelação, alguém poderá acreditar que “algo nele terá de mudar”, para que, depois da suposta mudança, ele possa “entrar no Reino de Deus”. Se isto assim for entendido, o que estará sendo aceita é a ILUSÃO de que DEUS NÃO É TUDO! Nesse tipo de aceitação, o FATO REAL revelado, de que “em Deus vivemos, nos movemos e temos o nosso ser” (Atos, 17: 28), ou que “Cristo é tudo em todos” (Col. 3: 11), deixará de ser imediatamente reconhecido e vivenciado! Se alguma Verdade estiver sendo vista ou aceita como “algo ainda por acontecer”, estaremos somente endossando a ILUSÃO.
Certa vez, ao afirmar a um “kardecista” que “ELE, EXATAMENTE NAQUELE INSTANTE, ESTAVA SENDO UNICAMENTE O QUE DEUS É, UMA VEZ QUE DEUS É TUDO”, ele me respondeu: “Veja como você está enganado! A própria Bíblia mostra Jesus afirmando que ‘sem renascer’ o homem não consegue entrar no Reino de Deus! Que mais poderia isto significar, senão a ‘reencarnação’ e a ‘evolução’?”
Eu disse a ele: “Se significasse o que você diz acreditar, o apóstolo Paulo, na própria Bíblia citada por você, estaria mentindo! Sem “reencarnar”, e na mesma existência, ele afirmou: “Já não sou mais eu quem vive: o Cristo vive em mim” (Gálatas 2: 20).
A expressão “nascer de novo” implica o “morrer diário” à CRENÇA MATERIAL, pelo seguido e perseverante rejeição à falsa crença de que há “carnais” coexistindo com a totalidade de Deus, que é Espírito!”
O ensinamento absolutista não cansa de repetir que “contemplamos a Deus como tudo e como o Eu que agora somos”. Este é o “nascer de novo”, quando a CRENÇA EM SER HUMANO é radicalmente rechaçada, DEUS É HONRADO COMO ONIPRESENTE E ONIPOTENTE, E NÓS, HONRADOS COMO IMUTÁVEIS FILHOS DE DEUS!
Neste estudo, não há nenhum “tornar-se”, no sentido de que “um dia” estaremos na glória de Deus, de que “um dia” estaremos “na estatura de Cristo”, de que “um dia” estaremos em unidade com Deus, etc..
NÃO HÁ “TORNAR-SE” E NÃO HÁ “UM DIA”!
HÁ UNICAMENTE DEUS!
E HÁ UNICAMENTE ESTE AGORA! OU A VERDADE É VÁLIDA AGORA, OU NÃO SERÁ A VERDADE JAMAIS!
CONTEMPLO A VERDADE DE QUE “AS OBRAS DE DEUS SÃO PERMANENTES”.
CONTEMPLO-ME INCLUSO NESTAS OBRAS PERMANENTES, UMA VEZ QUE DEUS, SENDO TUDO, É O EU QUE “EU SOU”.
CONTEMPLO O FATO ETERNO DE QUE JAMAIS O EU QUE “EU SOU” SOFRE MUDANÇAS!
“NADA ME PODE SER ACRESCENTADO NEM TIRADO”.
CONTEMPLO QUE, EXATAMENTE AGORA, DEUS ESTÁ EM MIM E EU ESTOU EM DEUS, E QUE, AFORA DEUS, OU AO LADO DE “MIM”, NADA É REALIDADE!
*GRATIDÃO ETERNA AO MEU AMIGO DÁRCIO
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